terça-feira, 30 de junho de 2009

As exigências de Rita Lee

A cantora revela o que não pode faltar no seu camarim e conta que fez exigência até quando foi convidada de um especial de Roberto Carlos.

Baby - Multishow ao Vivo Rita Lee - Pic Nic

Baby
Rita Lee

Composição: Caetano Veloso

Você precisa saber da piscina
Da margarina, da Carolina, da gasolina
Você precisa saber de mim

Baby, baby
Eu sei que é assim

Você precisa tomar um sorvete
Na lanchonete, andar com a gente
Me ver de perto
Ouvir aquela canção do Roberto

Baby, baby
Há quanto tempo

Você precisa aprender inglês
Precisa aprender o que eu sei
E o que eu não sei mais

Eu sei, comigo vai tudo azul
Contigo vai tudo em paz
Vivemos na melhor cidade
Da América do Sul
Da América do Sul
Você precisa, você precisa

Não sei, leia na minha camisa
Baby, baby
I love you


domingo, 28 de junho de 2009

Rita em um casamento em Curitiba

Mauro Campos / Rita Lee recebeu a médica Maria Angélica Muricy no camarim do Guairão, após o show de sábado à noite. Enquanto conversavam, ela ligou para o advogado Carlos Alberto Sanseverino, noivo de Maria Angélica, que mora em São Paulo

Rita Lee recebeu a médica Maria Angélica Muricy no camarim do Guairão, após o show de sábado à noite. Enquanto conversavam, ela ligou para o advogado Carlos Alberto Sanseverino, noivo de Maria Angélica, que mora em São Paulo.




No show que fez sábado no Guairão, a cantora Rita Lee contou ao público que volta à cidade na próxima sexta-feira para ser madrinha do casamento da médica curitibana Maria Angélica Muricy, junto com Roberto Carvalho. E disse: “Eu quero ser normal em Curitiba.


Será que eu posso ir de calça? Eu, como sou mão de vaca, não posso comprar um vestido. Então vou poder ir de calça e chapéu”.




Sobre a cor de seu cabelo, castanho, brincou: “E essa cor de cabelo? Erraram na tinta, estou morena.



Será que vai dar tempo de pintar e deixar meu cabelo vermelho até o dia de ser madrinha?”


sábado, 27 de junho de 2009

Serginho aplaude e abraça Rita Lee

Serginho faz uma dancinha ao som de Rita Lee

Trabalho em família no Multishow Ao Vivo Rita Lee



"De um lado do palco está o maridão Roberto de Carvalho, do outro o filho Beto Lee. Para Rita, não podia ser melhor."

Bastidores Multishow Ao Vivo



"O diretor Rodrigo Carelli fala sobre o processo de criação e produção do DVD Multishow Ao Vivo Rita Lee."

Entrevista com Rita em BH



"A cantora fala sobre os 40 anos de carreira em uma entrevista exclusiva. Ela promete relembrar sucessos e cantar novas músicas no show em Belo Horizonte."

Enquete Revista Rolling Stone

Música em doc

Recentemente, dois importantes nomes da música tupiniquim tiveram sua história contada em filme (Arnaldo Baptista, em Loki, e Wilson Simonal, em Ninguém Sabe o Duro que Dei).
Que músico brasileiro deveria ser tema de documentário nos cinemas?

A entrevista de Zélia Duncan sobre ‘Pelo Sabor do Gesto’

A entrevista de Zélia Duncan sobre ‘Pelo Sabor do Gesto’

Zélia Duncan falou sobre seu novo disco, “Pelo Sabor do Gesto”, à imprensa, nesta terça-feira, na Casa do Saber (Parque Lage). Entraram na pauta a escolha do repertório, a conquista pela autorização para gravar duas músicas francesas versionadas, a decisão por dividir a produção do álbum por dois (John Ulhoa e Beto Villares), a relação com Rita Lee… Rendeu! E Zélia falou muito e, como sempre, muito bem.

“Nunca vou ouvir música em outra língua pensando em fazer versão. Mas fiquei tão impactada com o filme (’Les chansons d’amour’)… Mas fazer versão dessas músicas (em português, ‘Pelo sabor do gesto’ e ‘Boas razões’) é diferente de fazer de ‘Rehab’ (sucesso de Amy Winehouse), que todo mundo conhece. Quando o filme estreou no Brasil, fui ao cinema e tinha apenas 15 pessoas. Adorei!”

“Todo mundo disse que era melhor eu não gravar as versões, porque conseguir autorização costuma ser difícil demais. Entrei em contato com a editora e não consegui nada. Fui no MySpace e falei com o Alex (Beaupain) de artista para artista. A resposta veio imediatamente.”

“Perguntaram se essa mistura não ficaria esquisita. Eu disse: ‘Espero que fique’. Não penso na unidade, penso na quebra. A unidade é minha voz.”

“Tenho uma relação afetiva profunda com a obra da Rita, mas essa música, eu não conhecia. No ano passado, um amigo meu, jornalista, falou: ‘Esta música está esperando por você’ (sobre ‘Ambição’). A Rita chegou a mudar a letra depois, mas gosto desta versão. É uma típica Rita Lee saindo do Tutti-Frutti, ainda com a pegada rock’n'roll, cantando a frase: ‘Pelo caminho de espinhos avistei um mar de rosas’. É a minha cara. Ela tá linda, do jeito que a Rita merece.”

“Sou parceira dela. Na época dos Mutantes, como todo mundo sabe, liguei para Rita antes de aceitar o convite e ela falou: ‘Vai que você vai se divertir’. Me diverti e saí antes de me aborrecer.”

“Eu procuro muito as pessoas. Já escrevi músicas com o Moska e me aproximei do Zeca há pouco tempo. Ele não sabia que eu não fazia música e mandou uma letra. Mas aí eu fiz. O Chico fez músicas para todas as letras que eu mandei. Escolhi ‘Esporte fino’ porque é uma das mais irresponsáveis do disco, no bom sentido. Ele foi lá no estúdio, deu mole e cantou comigo.”

“Eu costumo mandar as músicas para os produtores sem nada, às vezes com outra pessoa cantando. Chego no estúdio com minha voz, para decidir o tom e todo o arranjo junto com eles.”

“Essa música do Nei Lisboa (’Telhados de Paris’), canto ela em rodas de violão e passagens de som há 15 anos. OPutro dia me dei conta de que, se eu não gravasse, alguém ia fazer isso. E eu ia ficar muito chateada. Por que não agora?”

A entrevista acabou quando um repórter-fã (ou terá sido apenas um fã infiltrado?) saiu do meio dos jornalistas para pedir um autógrafo à cantora. Aproveitei o momento para conquistar um pôster com a foto da capa do CD para minha coleção.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Flagra

Flagra

Rita Lee

Composição: Roberto De Carvalho - Rita Lee


No escurinho do cinema
Chupando drops de anis
Longe de qualquer problema
Perto de um final feliz...

Se a Deborah Kerr
Que o Gregory Peck
Não vou bancar o santinho
Não!
Minha garota é Mae West
Eu sou o Sheik Valentino..

Mas de repente o filme pifou
E a turma toda logo vaiou
Acenderam as luzes
Cruzes!
Que Flagra!
Que Flagra!
Que Flagra!

No escurinho do cinema
Chupando drops de anis
Longe de qualquer problema
Perto de um final feliz...

Se a Deborah Kerr
Que o Gregory Peck
Não vou bancar o santinho
Não vou não!
Minha garota é Mae West
Eu sou o Sheik Valentino..

Mas de repente o filme pifou
E a turma toda logo vaiou
Acenderam as luzes
Cruzes!
Que Flagra!
Que Flagra!
Que Flagra!

No Escurinho do Cinema!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Atualização da Agenda 2009.

04/07/09 - Piauí Pop 2009 - Teresina / PI

11/07/09 -
188 Music Hall - Leme / SP

18/07/09 - Festival de Inverno de Garanhuns / PE

29/08/09 - Ginásio A. Cabral - Vitória / ES

11/09/09 - Credicard Hall - São Paulo / SP

12/09/09 - Credicard Hall - São Paulo / SP

22/09/09 - Teatro Gran Rex - Buenos Aires (ARGENTINA)

25/09/09 - Teatro Caupolican - Santiago (CHILE)

28/11/09 - Clube Monte Libano - São J. do Rio Preto / SP

Rita Lee no Altas Horas

Será exibido no dia 04/07/2009.
Fotos aqui. BLOG ALTAS HORAS.

Rita Em Revista

segunda-feira, 22 de junho de 2009

domingo, 21 de junho de 2009

PiC NiC Multishow Ao Vivo em Maringá por Rafael Ricieri.

Mais um PiC NiC nas estradas do Globo!
Dessa vez no Teatro Marista em Maringá!
Pensamentos mil à quem não foi com o relato do meu amigo Rafael
.


"Pois é cara, infelizmente ficou registrado só na memória :):(

Mas foi fantástico!

Ela é super bem humorada e simpaticíssima.

Logo que chegou nos saudou e disse que estava sem grana, por isso, se não gostássemos do show, ela infelizmente não poderia devolver-nos o dinheiro, e antes disso nos agradeceu por ter ido prestigiá-la.

Em seguida disse que enquanto esperava lá atrás, assistia à novela, confessou que sempre fez isso (num tom meio irônico) e nos contou o que estava acontecendo, já que tínhamos ido ao show e estávamos perdendo o capítulo.

Durante o show uma mulher gritou a 1ª vez "amor e sexo Rita!", ela não disse nada, passadas +/- duas músicas ela grita uma 2ª aí a Rita disse "a novela? ah eu gosto muito! Esses dias Beto, meu filho que aqui está, me disse "mãe vou soltar uma Bahuam e já volto" e eu gostei muito disso sabe, comecei a usar também: vou soltar um bahuam, um dalai lama, rs.".

Acho que o ápice do show pelo que eu senti e vi a reação e olhares, foi quando ela cantou Mutantes e Ovelha Negra.

Cara, aqui em Maringá não vem muitos shows desse nível, por isso nunca fui, esse foi o 1°, então "abri" minha lista de shows com chave de ouro, pô, mãe do rock não é pra qualquer um né!?
"

Rita Lee em seu Disco Voador!

Disco voador
Rita Lee - Roberto de Carvalho

Da minha janela vejo uma luz
Brilhando no céu da terra
É azul, é azul
Não é avião, não é estrela
Aquela é a luz de um disco voador
Disco voador
Trazendo do céu um segredo
Olhando pra mim com um pouco de medo
Querendo pular a janela
Ligar a vitrola e entrar dentro dela
Disco pirata, disco invasor
Disco de prata, disco voador


Referência: RITA LEE
Gravada por: RITA LEE
Disco de origem: Babilônia
Tipo de disco: LP
Lado: A
Faixa: 2
Nº de Referência (Catálogo): 403.6149
Ano de lançamento: 1978
Gravadora: Som Livre (Sigla)

sábado, 20 de junho de 2009

PiC NiC Multishow Ao Vivo HOJE em Curitiba!!

Ainda não comprou o seu ingresso???????
Corre que ainda tem lugar!!!!

COMPRE AQUI

quinta-feira, 18 de junho de 2009

“Cada geração tem o rock que merece”

A paulistana Rita Lee, de 61 anos, não quer saber dessa história de ser lenda do rock. “Mito? Não tenho distanciamento de mim mesma para saber que papel ocupo nesse teatro’’, diz. No DVD que relembra seus 40 anos de carreira, Multishow ao Vivo – Rita Lee (registro da turnê Pic Nic), a cantora demonstra a mesma atitude jovial que exibia quando apareceu pela primeira vez aos olhos do grande público, no 3º Festival da MPB da Record, em 1967, evento que também consagrou Gilberto Gil.

Rita Lee retorna a Curitiba no próximo sábado (20), trazendo o show referente ao especial. Na nova produção, também lançada em formato CD, Rita surge solta e próxima do público. Há momentos engraçados, como quando ela coloca um chapéu de cangaceiro, assume o triângulo e desconstrói a música dos Beatles “I Want to Hold Your Hand’’ na versão “O Bode e a Cabra’’ – devidamente autorizada por Yoko Ono. E também emocionantes, como na mistura de “Baby’’ com “Domingo no Parque’’, “Panis et Circenses’’, “Bat Macumba’’ e “Alegria, Alegria’’, no arranjo que reverencia a Tropicália, movimento que a lançou.

Questionada sobre a razão de sua longevidade artística e de seus amigos Gil e Caetano Veloso, Rita brinca, com um fundo de verdade. “Será que é porque somos geniais?’’, devolve, gargalhando. E abre guerra à nostalgia: “Não sou saudosista. Odeio revivals. Não acho que nada do meu tempo era melhor’’.

A direção do DVD é de Rodrigo Carelli – responsável pelo último DVD de Ivete Sangalo e diretor do reality show rural A Fazenda (Record). “Ele é um amor de pessoa, aberto, tem bom gosto, e sua equipe foi superlegal’’, elogia. Uma parceria de sucesso também de acordo com as palavras de Carelli. “Foi maravilhoso, é muito gratificante trabalhar com um artista de quem se é fã. A Rita é muito doce, amável e fala o que pensa. As coisas são facilmente decididas com ela. É uma alegria saber que uma pessoa dessa envergadura seja tão bacana”, revela o diretor, não poupando elogios a Roberto de Carvalho, responsável pela direção geral e musical do show, ao lado da esposa Rita.

Inéditas

Se o trabalho atual, mesmo sob roupagem contemporânea, olha para o passado, o próximo será um disco de novidades. “Temos várias inéditas ainda em demo. Resta escolher as melhores e entrar no estúdio. Uma delas é ‘O Povo Brasileiro’, que faz um deboche e uma declaração de amor à loucura da nossa gente’’, adianta. “A inspiração não avisa quando aparece, só tenho de estar pronta para ouvir o que o santo diz quando baixa.’’

Roqueira convicta, alfineta o cenário atual. “Cada geração tem o rock que merece’’, dizendo gostar da banda Ruanitas – primeiro grupo feminino a participar de um festival de bandas cover dos Beatles em Liverpool (Inglaterra) e sucesso na trilha sonora da novela Malhação em 2008, com a faixa “Vaza”. E lembra do roubo de seus instrumentos, em 2008, na BR116, quando seu caminhão voltava a São Paulo após um show em Curitiba . “Na hora em que soube, foi como um estupro. No dia seguinte, fiquei deprimida e no terceiro dia, ressuscitei dos mortos, tive vontade de pegar a metralhadora. No quarto, meditei e entendi que nesta vida a gente deve se desapegar das coisas.’’

Rita, que já botou fogo na escola onde estudou – ou melhor, ela corrige: “Não exagere... Botei fogo no teatro da escola’’ – , diz que não é mais a ovelha negra da família. Mas explica: “Minha família antiga já não existe mais. Minha nova família é toda feita de ovelhas negras’’.

Desculpe o Auê...

Desculpe o Auê
Eu não queria magoar você
Foi ciúme sim
Fiz greve de fome
Guerrilhas, motins
Perdi a cabeça
Esqueça!
Ai! Ai! Ai! Ai!
Oh! No!...

Desculpe o Auê
Eu não queria magoar você
Foi ciúme sim
Fiz greve de fome
Guerrilhas, motins
Perdi a cabeça
Esqueça!
Ah! Aaaaah!...

Da próxima vez eu me mando
Que se dane meu jeito inseguro
Nosso amor vale tanto
Por você vou roubar
Os anéis de Saturno...
On! On!
Naná! Naná! Hiá
Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!...(2x)


quarta-feira, 17 de junho de 2009

Atualização da Agenda do PiC NiC!

19/06/09 - Teatro Marista - Maringá / PR

20/06/09 - Teatro Guaira - Curitiba / PR *

18/07/09 - Festival de Inverno de Garanhuns / PE

04/07/09 - Piauí Pop 2009 - Teresina/PI

29/08/09 - Ginásio A. Cabral - Vitória / ES

11/09 - Credicard Hall - São Paulo / SP

12/09 - Credicard Hall - São Paulo / SP

22/09 - Teatro Gran Rex - Buenos Aires (ARGENTINA)

25/09 - Teatro Caupolican - Santiago (CHILE)

28/11 - Clube Monte Libano - São J. do Rio Preto / SP

terça-feira, 16 de junho de 2009

Tecnicolor

Em 1970 foi gravado pelo Mutantes, no "Des Dames Studio", em Paris, o disco "Tecnicolor", com músicas brasileiras cantadas em inglês. As versões foram feitas pelos Mutantes de forma impecável. Quem ouve as músicas em inglês, extrai a mesma mensagem de quem as ouve em português.

O disco surgiu num contexto interessante: os Mutantes estavam em temporada no Olympia. Então a gravadora britânica Polydor decidiu produzir um álbum com o grupo, mas não chegou a lançar o trabalho. Guardado durante 30 anos por Antonio Peticov - amigo dos integrantes do grupo - o disco foi redescoberto numa entrevista que Carlos Calado fez com Peticov, para o seu livro "A Divina Comédia dos Mutantes", e lançado pela Universal Music.

Ayrton Mugnaini Jr., em seu livro "O Futuro Me Absolve" (Ed. Sampa), onde faz uma pequena biografia de Rita Lee (http://www2.uol.com.br/ritalee), comenta que os anos 70 não foram exatamente anos de paz dentro dos Mutantes.

Era uma época de " sexo, droga e rock and roll". Houve muito desentendimento entre a gravadora brasileira, os produtores e os integrantes do grupo. Rita Lee foi lentamente se desligando da banda e em 70, já realizava shows solos, gravando seu primeiro disco "Build Up".

Em 72, quando saiu o segundo LP solo de Rita Lee, "Hoje é o Primeiro dia do Resto da sua Vida" - na verdade mais um disco dos Mutantes, lançado com destaque para Rita - Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, começaram a discordar quanto ao estilo a ser adotado pelo grupo. Os rapazes, declarados "progressivos", achavam que Rita Lee estava errada em insistir na mistura de ritmos brasileiros com o rock. O grupo acabou se desfazendo.

Hoje, vistos de longe, é interessante observar a dimensão que os fatos da época revelam. O disco "Tecnicolor", onde os rapazes dos Mutantes ainda não tinham assumido uma postura mais radical, pesada, tem o tempero que Rita Lee defendia: a mistura.

Em "Tecnicolor", músicas como "Panis et Circences" (CaetanoVeloso/Gilberto Gil) e "Baby" (CaetanoVeloso) estão intactas, com a mesma concepção das originais. O disco tem a participação de Arnolpho Lima Filho (Liminha), no baixo e Ronaldo Leme (Dinho), na bateria e traz ilustrações de Sean Ono Lennon.

É impossível ouvir o disco e não fazer uma ligação direta com o trabalho da Rita Lee. Pois ela estava certa: a mistura de rock e ritmos brasileiros dá certo. Tanto que o disco está sendo reconhecido internacionalmente como revelação da World Music. Pode ???


Tecnicolor
Universal

1. Panis et Circences (CaetanoVeloso/Gilberto Gil-versão Mutantes)
2. Bat Macumba (Gilberto Gil /CaetanoVeloso)
3. Virginia (Arnaldo Baptista/Rita Lee/Sérgio Dias)
4. She's My Shoo Shoo - A Minha Menina (Jorge Ben-versão Mutantes)
5. I Feell A Little Spaced Out - Ando Meio Desligado (Arnaldo Baptista/Rita Lee/Sérgio Dias-versão Mutantes)
6. Baby (CaetanoVeloso-vers
ão Mutantes)
7. Tecnicolor (Arnaldo Baptista/Rita Lee/Sérgio Dias-versão Mutantes)
8. El Justiceiro (Arnaldo Baptista/Rita Lee/Sérgio Dias-versão Mutantes)
9. I'm Sorry Baby (Arnaldo Baptista/Rita Lee-versão Mutantes)
10. Adeus Minha Fulô (Humberto Teixeira/Sivuca)
11. Le Premier Bonheur du Jour (Jean Renard/Frank Gerald)
12. Saravah (Arnaldo Baptista/Rita Lee/Sérgio Dias-versão Mutantes)

13. Panis et Circenses (reprise)






Uma outra Zélia Duncan

Mais serena e delicada do que no CD anterior, ela se reinventa em Pelo Sabor do Gesto, com novos parceiros, versões e também recriações de antigas pérolas raras.


O texto que Zélia Duncan escreveu para o press release de seu novo álbum, Pelo Sabor do Gesto (Universal Music), é bastante esclarecedor sobre as dúvidas e o envolvimento com cada músico e parceiro durante o processo de criação. No início ela se pergunta "por que gravar um álbum inteiro em tempos sem tempo como agora?". "Sofri muito com isso quando entrei no estúdio", diz. A resposta quando veio foi segura. No fim ela comenta que tem gente dizendo que ela está mais suave, mais romântica, mais madura. "Eu acho graça... me sinto sempre recomeçando", conclui.

Pelo Sabor do Gesto é mesmo um recomeço de uma outra Zélia Duncan, mais serena e delicada, um tanto diferente de Pré Pós Tudo Bossa Band, seu último trabalho autoral, de 2005, mais "urgente". Em relaxado bate-papo no belo palacete do Parque Lage, ela diz que só se deu conta do provável romantismo do CD na hora de gravar. Foi intuição. "E é engraçado porque nem estou especialmente apaixonada", conta. "Mais serena com certeza. Um amigo comentou que Pré Pós era bem urbano. Esse parece que a gente está numa casinha no campo."

Depois que realizou o antológico álbum Eu me Transformo em Outras, como intérprete de obras-primas e raridades bem brasileiras, em que se aproximou mais do samba e do choro, a cantora e compositora entrou num dilema. "Aquele foi um disco emblemático, prestigioso na minha carreira. O que iria fazer depois disso? Então resolvi jogar tudo o que podia no Pré Pós.Dessa vez é menos ansioso."

Para variar, ela agrega em sua "casinha" (que tem muito a ver com São Paulo, cidade com a qual ela mais se identifica) uma penca de novos parceiros: Zeca Baleiro, Chico César, Dante Ozzetti, Marcelo Jeneci, Edu Tedeschi e John Ulhoa, que divide a produção do álbum com Beto Villares, além de Moska, com quem já trocou impressões antes. Ela ainda garimpou outra inédita de seu predileto Itamar Assumpção (Duas Namoradas, letra de Alice Ruiz) e revigorou belas e esquecidas canções antigas do gaúcho Nei Lisboa (Telhados de Paris, de 1988), de Rita Lee

Zélia, que decolou na carreira com uma adaptação de Cathedral (Tanita Tikaram), também voltou às versões, com duas belezas do francês Alex Beaupin, do filme Les Chansons d?Amour (Canções de Amor). Uma é Boas Razões, que tem vocal de Fernanda Takai e abre o CD de Zélia em clima meio country meio Arcade Fire. A outra é a faixa-título, ambas produzidas pelo mineiro John Ulhoa, compositor e guitarrista do Pato Fu.

Com o paulista Beto Villares, Zélia ja tinha trabalhado em Sortimento (2000). John é novidade. "O que é desafiador em escolher o John é que ele é muito específico. Eu e Beto somos mais abertos num certo sentido, a gente adora samba e tal. John não tem esse histórico, nem faz questão de ter e é muito bom no que ele faz." No entanto, mesmo cada um tendo uma linguagem diferente, não se percebe direito no álbum o que tem a mão de um e o que foi feito pelo outro. "Acho que a malha de sonoridades é muito interessante, porque já se fez de tudo. Mas do que eles trouxeram para o disco, John é o frescor e Beto a confirmação fundamental."

John trouxe para essa "jovem senhora de 44 anos", algo do início com Christiaan Oyens. Do mesmo modo como a afinidade entre os produtores e com a cantora dão a unidade do disco, os parceiros encontram pontos de convergência com ela. Numa única canção ela inverteu os papéis, fazendo a melodia para uma letra de Zeca Baleiro (Se Um Dia me Quiseres). Só que música também parece coisa típica de Zeca. O inverso ocorre com Aberto, melodia de Edu Tedeschi que tem cara de Zélia.

Ao mesmo tempo, ela relaciona as canções de Zeca e Dante Ozzetti (Se Eu Fosse) com o estilo de Itamar. Duas letras falam de música seja enumerando gêneros (Se Eu Fosse) ou casando a melodia e a poesia (Duas Namoradas). Sinto Encanto (parceria com Moska), faixa que ela destaca como sua predileta e era candidata a dar título ao disco, diz: "Eu escuto fora com o ouvido de dentro/ Eu me alimento do meu silêncio/ E canto porque sinto encanto/ Sinto e canto." "Acho que houve delicadeza em todos os sentidos."

Impulso intuitivo é o que leva Zélia - que faz shows de lançamento nos dias 31 de julho e 1º de agosto em São Paulo - a compor e cantar e também à variedade de novos parceiros. "Tudo na minha vida é por um triz. Arriscar virou uma característica minha. Acho que pra sempre." (Ambição, com a letra original de 1977 não a de 93) e de Marcos e Paulo Sérgio Valle (Os Dentes Brancos do Mundo, pinçada de um disco de Evinha de 1969).

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Rita Lee em Sampa

Depois de mais de um ano do início da Turnê PiC NiC, Rita Lee volta para os palcos de São Paulo.
Dessa vez nos dias 11 e 12 de setembro de 2009.
Sua última aparição nos palcos de Sampa foi em Abril e Setembro do ano passado (2008).
Em Abril, distante dos palcos paulistanos por 4 anos, Rita voltou reluzente, alegre e completamente à vontade!

É isso ai. Nesse nosso ano de 2009 teremos mais PiC NiC com Rita Lee em Sampa!
Santa Rita de Sampa não podia ficar fora dessa!

domingo, 14 de junho de 2009

Atualizando a Agenda

19/06/09 - Teatro Marista - Maringá / PR

20/06/09 - Teatro Guaira - Curitiba / PR *

04/07/09 - Piauí Pop 2009 - Teresina/PI

29/08/09 - Ginásio A. Cabral - Vitória / ES

11/09 - Credicard Hall - São Paulo / SP

12/09 - Credicard Hall - São Paulo / SP

22/09 - Teatro Gran Rex - Buenos Aires (ARGENTINA)

25/09 - Teatro Caupolican - Santiago (CHILE)

28/11 - Clube Monte Libano - São José do Rio Preto / SP

Rita Lee - Erva Venenosa

Erva Venenosa

Rita Lee

Composição: Rita Lee / Rossini Pinto

Parece uma rosa
De longe é formosa
É toda recalcada
A alegria alheia incomoda...

Venenosa!
Êh êh êh êh êh!
Erva venenosa
Êh êh êh êh êh!
É pior do que cobra cascavel
O seu veneno é cruel
EL! EL! EL!..

De longe não é feia
Tem voz de uma sereia
Cuidado não a toque
Ela é má pode
Até te dar um choque...

Venenosa!
Êh êh êh êh êh!
Erva venenosa
Êh êh êh êh êh!
É pior do que cobra cascavel
O seu veneno é cruel
EL! EL! EL!..

Se porta como louca
Achata bem a boca
Parece uma bruxa
Um anjo mau
Detesta todo mundo
Não pára um segundo
Fazer maldade é seu ideal
Oh! Oh! Oh!...

Como um cão danado
Seu grito é abafado
É vil e mentirosa
Deus do céu!
Como ela é maldosa...

Venenosa!
Êh êh êh êh êh!
Erva venenosa
Êh êh êh êh êh!
É pior do que cobra cascavel
O seu veneno é cruel
EL! EL! EL!...

Se porta como louca
Achata bem a boca
Parece uma bruxa
Um anjo mau
Detesta todo mundo
Não pára um segundo
Fazer maldade é seu ideal
Han! Han! Han! Haaaan!
-Xá prá lá!...

Erva venenosa!
Erva venenosa!
Venenosa! Venenosa!
Venenosa! Venenosa!
Erva venenosa!
Erva venenosa!
Erva venenosa!
Erva venenosa!...


sábado, 13 de junho de 2009

Rita Lee no Myspace!




Confira o novo CD Multishow Ao Vivo (PiC NiC) lá!
Acesse: http://www.myspace.com/ritaleeoficial

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Mais alguns cliques de Belô.




Só para lembrar os incomodados: as fotos não são minhas, eu não tirei essas fotos. Saíram na REDE (INTERNET).
Assim como muita gente pegou minhas fotos de outros shows, eu faço o mesmo, sem cometer crime algum.
Caiu na NET, meu bem, amém!!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Rita Lee faz pequena homenagem à Belô.



Durante Ovelha Negra. Show PiC NiC.
05/06/2009

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Erasmo comemora aniversário com o novo Rock n'roll

Álbum do Tremendão chega hoje às lojas, incluindo parcerias com Nelson Motta, Liminha, Chico Amaral e Nando Reis

Roberta Pennafort, RIO

As drogas ficaram no passado. O álcool, ele diminuiu bastante. Já o maço de cigarros, que podem ser dois nos períodos em que está compondo, continua à mão. Alguns maus hábitos persistem, mas, aos 68 anos, celebrados exatamente hoje, Erasmo Carlos, o vovô tremendão, está ?inteiraço?. A comemoração, entre parentes e amigos, coincide com o lançamento, por sua gravadora, a Coqueiro Verde, do novo disco, Rock?n?roll, numa livraria do Leblon. É o primeiro desde os anos 80, ele calcula, em que o gênero do qual é símbolo aparece à vera.

Foi um pedido dos fãs, e também uma vontade de Erasmo. "Estava me devendo isso há muito tempo. Sou um roqueiro brasileiro, então tenho influência de baião, samba, bossa nova, maracatu. É diferente do roqueiro inglês, que só tem aquela influência." Desde Buraco Negro, LP de 1984 que estourou com o hit Close (Dar um close nela...), ele não faz algo "puramente rock?n?roll". Desta vez, com a produção, as guitarras e o baixo de Liminha (e de Dadi), chegou-se a uma sonoridade de rock clássico, com espaço para blues e folk.

As parcerias com Roberto Carlos, com quem ele forma a dupla de compositores mais bem sucedida da música brasileira, não tiveram vez - essas costumam ficar nos discos do Rei. Rock?n?roll tem composições com Nelson Motta, Chico Amaral, Nando Reis (duas cada um). No estúdio, Erasmo conseguiu uma letra de Liminha (com colaboração da mulher dele, a atriz Patrycia Travassos) para uma música sua. São parceiros com quem ele cria a distância.

Só com seu "irmãozinho" ele compõe de perto. Mas isso não acontece há quatro anos (são três as inéditas dos dois, que deverão entrar no esperado CD de inéditas de Roberto). Foi a última vez em que se viram. Depois disso, só telefonemas em datas especiais. "As pessoas acham que a gente se fala pelo telefone e diz: ?Pô, bicho, viu o filme tal? Vamos sair amanhã?? Isso não existe", disse Erasmo, que, por enquanto, não foi chamado para participar da programação dos 50 anos de carreira de Roberto. "Eu não tenho de estar nos lugares dele, assim como ele não está nos meus."

A sua data redonda, contada desde a primeira gravação, com o grupo The Snakes, será completada em 2010. Não há nada planejado. Ele é adepto do "deixa a vida me levar". É assim, também, no amor (não está fechado, garante, mas não voltou a se casar desde a perda da mulher, Narinha, em 1995).

O amor surge como temática no novo CD em canções como Jogo Sujo (só sua), que trata do jogos amorosos, Chuva Ácida (com Nelson Motta), sobre o fim do fim de um romance, e Noite Perfeita (com Chico Amaral), uma farra a dois ao som de rock?n?roll.

Em Olhar de Mangá, ele lista musas tão distintas quanto Bibi Ferreira e Camila Pitanga, Lady Di e Marge Simpson; Cover é uma grande brincadeira (Gosto muito de ser igual a mim/ Ser o gêmeo do eu original/ Eu mesmo meu próprio personagem), criada por um Erasmo que nunca encontrou um cover para chamar de seu em suas viagens pelo Brasil. Celebridade (com Liminha e Patrycia) é um ska que debocha da mulher que "pôs um piercing no umbigo e tatuou cupido no bumbum", e que não sabe que é amada.

A letra de Chico Amaral para A Guitarra É Uma Mulher (com Chico Amaral) encantou Erasmo e também Rita Lee (a "Erasmo Carlos de saias", ele diz). Rita escreveu no texto de apresentação do CD: "Você vai ouvir um macho apaixonado pelas fêmeas do planeta sem o menor pudor. Entre mulheres melancias, samambaias, melões e jacas, só Erasmo para proclamar aos quatro ventos que a mulher é uma guitarra."

Em família, está cercado de homens: é pai de três e avô amoroso de quatro meninos, "homenageados" na área externa de sua casa na Barra da Tijuca, onde recebeu o Estado terça-feira - placas dessas de rua indicam onde ficam o "Centro Gastronômico João Gabriel" (a churrasqueira) e o "Parque Aquático Pedro Gil" (a piscina).

Estamos na residência de um dos compositores mais bem pagos do País há décadas, mas não se vê luxo. Na sala, que parece saída de um filme dos anos 80, se veem discos de ouro e platina na parede. Entre tragadas de cigarro, ele explica que não se importa de viver ali sozinho. Diz que é antissocial. Conta que, em breve, vai dar início à turnê de Rock?n?roll pelo Brasil. Mas que ninguém espere muita movimentação no palco. Erasmo passou por uma cirurgia no quadril - "tive o mesmo problema do Guga (Kuerten)" - em dezembro passado e terá de cantar quietinho daqui para frente. "O Erasmo dançarino se aposentou", decreta.

O roqueiro continua na ativa - e, em setembro, entra em cena o escritor. É quando ele vai lançar, pela editora Objetiva, o livro em que contará ?causos? de sua trajetória. Vem escrevendo há dois anos e meio. Nada sobre escândalos. Ele quer é fazer graça, ver o lado engraçado de tudo o que viveu. "O importante não são as personagens, mas a piada no fim."

Zélia Duncan usa a rede para conseguir gravar músicas francesas e dedica 'Ambição', de seu novo disco, a Rita Lee

RIO - Foi através do MySpace que Zélia Duncan conseguiu autorização para gravar versões que fez de duas músicas francesas. "Pelo sabor do gesto", que dá nome ao seu novo disco, e "Boas razões" fazem parte da trilha sonora do filme "Les chansons d'amour" (França, 2007, Christophe Honoré). Ambas foram compostas por Alex Beaupain, que foi abordado pela cantora na rede.

- Todo mundo disse que era melhor eu não gravar as versões, porque conseguir autorização costuma ser difícil demais. Entrei em contato com a editora e não consegui nada. Fui no MySpace e falei com o Alex de artista para artista. A resposta veio imediatamente - contou Zélia, em entrevista realizada nesta terça-feira, no Parque Lage, no Rio de Janeiro.

"Boas razões" abre o oitavo disco solo de Zélia Duncan - e o primeiro depois de suas aventuras ao lados dos irmãos Arnaldo e Sérgio Dias Baptista, nos Mutantes, e da parceria com Simone. O clima é "meio western", como ela mesma define no release (texto de apresentação do álbum entregue para a imprensa no ato do lançamento) que escreveu. A faixa tem participação de Fernanda Takai e produção do marido da vocalista do Pato Fu, John Ulhoa. Ele, aliás, assumiu a metade "mais pop" do repertório, segundo Zélia. A outra parte - de acordo com a cantora, "a mais brasileira" - ficou com Beto Villares.

- Perguntaram se essa mistura não ficaria esquisita. Eu disse: 'Espero que fique'. Não penso na unidade, penso na quebra. A unidade é minha voz - declarou a cantora.

"Pelo sabor do gesto" traz parcerias de Zélia com seus contemporâneos Moska ("Sinto encanto"), Zeca Baleiro ("Se um dia me quiseres") e Chico César ("Esporte fino confortável"). Este último emprestou sua voz à faixa mais descontraída do álbum.

- Eu procuro muito as pessoas. Já escrevi músicas com o Moska e me aproximei do Zeca há pouco tempo. Ele não sabia que eu não fazia música e mandou uma letra. Mas aí eu fiz. O Chico fez músicas para todas as letras que eu mandei. Escolhi "Esporte fino" porque é uma das mais irresponsáveis do disco, no bom sentido. Ele foi lá no estúdio, deu mole e cantou comigo - disse.

Zélia apresenta ainda, neste disco, uma inédita de Itamar Assumpção e Alice Ruiz ("Duas namoradas") e as regravações de "Telhados de Paris" (Nei Lisboa) e "Ambição", que Rita Lee compôs para a novela "O Astro" em 1977:

- Tenho uma relação afetiva profunda com a obra da Rita, mas essa música, eu não conhecia. No ano passado, um amigo meu, jornalista, falou: "Esta música está esperando por você". A Rita chegou a mudar a letra depois, mas gosto desta versão. É uma típica Rita Lee saindo do Tutti-Frutti, ainda com a pegada rock'n'roll, cantando a frase: "Pelo caminho de espinhos avistei um mar de rosas". É a minha cara. Ela tá linda, do jeito que a Rita merece.

Soco no estômago da veterana, que alfinetou Zélia na época em que esta decidiu sair em turnê com os Mutantes. Isso porque a cantora chegou a ligar para Rita e esta desejou-lhe boa sorte.

- Sou parceira dela. Na época dos Mutantes, como todo mundo sabe, liguei para Rita antes de aceitar o convite e ela falou: "Vai que você vai se divertir" - desconversou, antes de arrancar gargalhadas ao comentar sua saída dos Mutantes - Me diverti e saí antes de me aborrecer.

A estreia do novo show de Zélia Duncan acontecerá em Niterói, nos dias 4 e 5 de julho.

Gal. Meu nome é Gal! Alguns takes de Belô. Rita Lee PiC NiC 05/06/2009



O Bode e a Cabra em Belô



Foi só a Yokoko autorizar para virar um grande sucesso na voz de Rita Lee!!

terça-feira, 9 de junho de 2009

Obama também esteve em Belzonte!!



Isso já não tem mais cura!!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Com 40 anos de palco, Rita Lee volta a Maringá

No dia 19, o Teatro Marista receberá o show Pic Nic, que celebra a carreira da artista paulistana; no Paraná, só Curitiba contará com outra apresentação

Quando um cantor e compositor chega aos 40 anos de carreira como um ícone da música é porque o trabalho feito até então é singular. E quando esse mesmo artista dá início a uma turnê para comemorar as quatro décadas sobre os palcos, ninguém pode perder. Ninguém mesmo. Este é o clima da nova turnê de Rita Lee, intitulada Pic Nic, que deu origem a um CD e um DVD da série Multishow Ao Vivo.

Show que, no próximo dia 19, ocupará o palco do Teatro Marista, em Maringá, a partir das 21 horas . No Paraná, a turnê passará em apenas mais uma cidade: Curitiba. Em função da representatividade de Rita no cenário da música nacional - ela, que foi a primeira mulher a atingir a marca de um milhão de discos vendidos, é considerada a roqueira-mor -, o público não tem idade.

Há aqueles que se renderam a ela graças a músicas como “Cor de Rosa Choque”, “Flagra” e “Jardins da Babilônia” e outros que a descobriram com “Amor e Sexo” ou com a novíssima “O Bode e a Cabra”. Esta música, aliás, é um dos pontos altos do show. Sobre a melodia com toques de forró de “I Wanna Hold Your Hands”, dos Beatles, Rita canta a trágica história do bode que pisou no pé da cabra.

Na apresentação que virou DVD, ela comenta, inclusive, que a ex-mulher de John Lennon, Yoko Ono, demorou oito anos para liberar os direitos da música. Momento impagável.

Quem traz o show para Maringá é o Grupo Maringá FM. A opção por um teatro segue um conceito de conforto que se tornou comum na cidade nos últimos cinco anos. “Em Maringá, Adriana Calcanhotto, Família Lima, Zé Ramalho e Zeca Baleiro se apresentaram em teatros”, lembra o diretor artístico e de eventos do grupo, Edivaldo Cruz.

Ele acrescenta que, assistir a um show em um teatro permite uma experiência musical diferente. As cadeiras são numeradas, o ar é climatizado e o palco é mais próximo do público. As cores virão da voz de Rita e das projeções dos telões, elaboradas pelo Estúdio Bijari e Suat Filmes.

Admiradores
A paulistana é considerada um ícone por pessoas de diferentes gerações. O engenheiro civil Valter Salvatico, 58, pretende ir ao show, mesmo já tendo visto Rita Lee ao vivo. Isto foi há mais de 30 anos, no Ginásio de Esportes Chico Neto, quando a cantora ainda estava grávida do filho Beto Lee.

“Apenas artistas que trabalham baseados em uma verdade chegam a 40 anos de carreira”, diz. Com ele concorda o estudante universitário Elton Telles, 18, que não vê a hora de o dia da apresentação chegar. “Conheci o trabalho dela em 2005 e com certeza valerá muito a pena”, afirma. “Será um acontecimento.” Contrariando o pensamento popular, é um show para gregos e troianos.

Ingressos
Os ingressos para o show de Rita Lee estão sendo vendidos nas lojas Genko Mulher, no Shopping Avenida Center, e na Genko Mix, no Shopping Maringá Park. Os valores são R$ 150 (estudantes, professores e idosos), R$ 200 (inteira antecipada, mediante a entrega de dois quilos e alimento) e R$ 300 (inteira na hora).


Íntegra

Agenda dos próximos shows. Rita Lee PiC NiC

Show em Maringá (PR) - Teatro Marista
Data: 19/06/2009
Horário:21h
informações: (44) 3220.8000 ou 3220.4040

Show em Curitiba (PR) - Teatro Guaira
Data: 20/06/2009 (sábado)
Rua XV de Novembro, 971
tel: (41) 3304.7900 / 3304.7999

Show em Vitória (ES) - Ginásio Álvares Cabral
Data: 29/08/2009 (sábado)
Av. Marechal Mascarenhas de Moraes, nº 2.100
Bento Ferreira - Vitória - ES
Tel: (27) 3134.0101

domingo, 7 de junho de 2009

Cilibrinas do Éden



Album gravado por “Rita Lee” no final de 1973 logo após sua saida da banda “Os Mutantes”, juntamente com “Lucia Turnbull” e o futuro grupo Tutti-Fruti.


Nunca lançado pela gravadora Philips, foi revelado para o público graças ao esforço de alguns fãs que produziram uma versão limitada de 500 cópias em vinil e CD.

Ouvindo o album percebe-se nitidamente duas fases: uma mais psicodelica e experimental (faixas de 1 a 5 ) e outra mais rock & roll na linha do que seria o trabalho futuro de Rita Lee com a banda Tutti-Frutti.

Depois que nossa Rainha do Rock deixou Os Mutantes, pra não dizer que foi “expulsa’, formou com sua amiga Lúcia Turnbull a banda Cilibrinas do Éden. Aquela mesma que o Arnaldo sacaneou em sua música ‘Lóki’, “cilibrinas pra lá, cilibrinas pra cá, eu tô velho mas gosto de viajar… ‘. Quem acompanha as moças não é nada menos que a excelente banda Tutti Frutti, só por este motivo já merece total atenção dos rockeiros nacionais.




Cilibrinas Do Eden
Festival Divino
Bad Trip (Ainda Bem)
Vamos Voltar Ao Principio Porque La E O Fim
Paixao Da Minha Existencia Atribulada
Gente Fina E Outra Coisa
Nessas Alturas Dos Acontecimentos
E Voce Ainda Duvida
Minha Fama De Mau
Mamae Natureza
Hoje E O Premeiro Dia Do Resto Da Minha Vida
Mande Um Abraco Para A Velha


Download: Link 1
Link 2


Saúde para Belzonte!!



Saúde - Rita Lee.
05/06/2009

sábado, 6 de junho de 2009

Minha Vida - Rita Lee

Minha Vida - Rita Lee
Composição: John Lennon E Paul Mc Cartney

Tem lugares que me lembram
Minha vida, por onde andei
As histórias, os caminhos
O destino que eu mudei...

Cenas do meu filme
Em branco e preto
Que o vento levou
E o tempo traz
Entre todos os amores
E amigos
De você me lembro mais...

Tem pessoas que a gente
Não esquece, nem se esquecer
O primeiro namorado
Uma estrela da TV
Personagens do meu livro
De memórias
Que um dia rasguei
Do meu cartaz
Entre todas as novelas
E romances
De você me lembro mais...

Desenhos que a vida vai fazendo
Desbotam alguns, uns ficam iguais
Entre corações que tenho tatuados
De você me lembro mais
De você, não esqueço jamais...




Marcando a vida de todos...

PiC NiC BH


Rita Lee já foi contestadora, rebelde, ovelha negra em letra e música. Hoje sexagenária, a cantora mantém a cabeleira vermelha brilhante, mas a ex-Mutante está mais amolecida do que polêmica, tão divertida quanto ranzinza e lança CD e DVD gravados ao vivo, no palco do Vivo Rio, em meio às próprias contradições, mesmo depois de ultrapassar os 40 anos de carreira. Coisa da idade? Não, segundo ela, sua idade é de criança. "Estou com três anos e meio. O nascimento da Ziza (a neta) foi um marco zero na minha vida", diz a avó Rita Lee.

Se por um lado Rita Lee se diz realizada no palco, toda felicidade é desmistificada ao admitir, ainda hoje, que cogita ‘acabar com Rita Lee’ para fazer qualquer outra coisa da vida. “‘Acabar’ no sentido de mudar de profissão, sim, penso nisso todos os dias, desde que comecei”, afirma a cantora. O radicalismo prossegue no hábito que tem de não se ouvir mais do que o extremo necessário. “Nada meu que já foi mixado em imagem ou som eu gosto”, justifica a artista, que se julga perfeccionista e super CDF. “Tenho lua em virgem e só acho defeito, então, melhor não ver nem ouvir.” Mergulhada em suas contradições, a mesma Rita Lee reconhece que não se sentiria realizada em outra vida: “Provavelmente, estaria infeliz pra caramba, obesa e frustrada”, diz.

Mas Rita Lee não é toda ranzinza e isso bem se vê ao vivo. Em frente a uma plateia lotada que a acompanha a cada verso, ela se envaidece e conta que se sente muito melhor do que aos 30. “Balzaquiana, achei que estava no fim da vida. Me olhava no espelho e via madre Teresa de Calcutá. Uma coisa terrível”, diz do alto do palco do Vivo Rio, na gravação ao vivo. Mas isso passou e, hoje, ela se sente toda faceira. “Eis-me aqui, aos 63 anos de idade, toda brejeira. Afinal, rock não é mesmo coisa para maricas".

A paulista Rita Lee escolheu um palco carioca para a gravação do CD e do DVD ao vivo do Multishow. O repertório mescla hits e sucessos antigos como Cor de rosa choque, Vingativa, Mutante, e as inéditas Tão e Insônia. Na gravação, Bwana teve o refrão trocado para “Obama”. No palco com o filho Beto e o marido Roberto de Carvalho, Rita gravou também o forró O bode e a cabra paródia de I wanna hold your hand.

Íntegra: Divirta-se

sexta-feira, 5 de junho de 2009

NINGUÉM FALA BELZONTE


Dia 5 de junho tem show da Rita Lee, no Chevrolet Hall. AMO a Rita, seja cantando, seja fazendo suas graças, seja em programas estilo Saia Justa, onde no meio de ares blasé ela era ela mesmo, a irreverente, mas sempre antenada titia do rock.
É, só que esses dias tenho tido antipatia dela. Gente, no anuncio da Rádio Alvorada (não sei se nas outras tem) ela convida o pessoal de "belzonte". Fala sério, você algum dia ouviu alguém falar Belzonte? Escrever tem gente que escreve, mas falar? Nunca vi. Daí que fico danado quando esse povo de fora fica chamando a cidade por este nome que ela não tem, e claro, numa óbvia alusão de caipiragem (ser caipira - acho que inventei a palavra).
Pior que essa mania existe mesmo. Outro dia um menino dos cafundó do juda tava conversando comigo no msn e falou algo tipo que eu era da roça, porque falava uai. Ram ram, Belo Horizonte é uma roça sim, ainda mais em comparação com cafundó do juda. Me poupa né?
Voltando na Rita Lee. Se tenho uma história com ela? O-be-ve-o que tenho, e se não é a melhor, provavelmente uma das melhores.
Nos idos de antigamente ia ter show dela no Palácio das Artes. Na época do meubemvocêmedááguanaboca, se não me engano mega patrocínio da Ellus, que tinha comercial de um casal beijando dentro d'agua ao som da música. O sem-o-que-fazer, além de ligar pros artistas nos hotéis prá pedir convite, também costumava dar uns plantões nas casas de espetáculo. Aí de tarde o pessoal tava passando som, fui entrando e me vi sentado com outros na platéia. QUEM tava do meu lado? Adivinhou né? Nisso um cara da segurança sobe no palco e diz que todo mundo que tava lá de bico tinha que cascar fora. Num gesto impensado peguei a RITA LEE pela mão e falei: "Então vão Rita". Nossa, eu podia ter levado o maior torra não podia? Mas nada, essa louca mais que bem humorada simplesmente foi saindo mes-mo comigo. Logo o povo do palco começou a gritar por ela, e sabe o que? Ela, simplesmente de novo, me puxou pela mão e me levou de volta prá dentro.
Moral da história, vi o show todos-os-dias e no sábado, com duas sessões, fiquei de uma prá outra dentro do camarim com o povo.
Ah Rita, pensando bem, te perdôo o Belzonte, só você mesmo pode falar assim.
Olha só, citei Chevrolet Hall, citei Ellus, citei Rádio Alvorada e claro, citei Rita Lee. Então, se rolarem umas duas cortesias pro show não vou achar ruim não. Aliás, antecipadamente agradeço.


Mais algumas fotos do PiC NiC em Araçatuba. By Pollyana.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Fotos Gravação do DVD Multishow - PiC NiC Vivo Rio


Achei esse vídeo no Youtube. Gostei muito da sua apresentação fotográfica.
Créditos da Luciana Rizzo

Turnê PiC NiC!!

Rita Lee está em turnê com o show Multishow ao vivo Rita Lee.

Próximos shows:


Show em Belo Horizonte (MG) - Chevrolet Hall
Data: 05/06/2009 (sexta-feira)
Av. Nossa Senhora do Carmo, 230
Savassi - Belo Horizonte
tel: (31) 2191.5700

Show em Maringá (PR) - Teatro Marista
Data: 19/06/2009
Horário:21h
informações: (44) 3220.8000 ou 3220.4040

Show em Curitiba (PR) - Teatro Guaira
Data: 20/06/2009 (sábado)
Rua XV de Novembro, 971
tel: (41) 3304.7900 / 3304.7999

Show em Vitória (ES) - Ginásio Álvares Cabral
Data: 29/08/2009 (sábado)
Av. Marechal Mascarenhas de Moraes, nº 2.100
Bento Ferreira - Vitória - ES
Tel: (27) 3134.0101

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Rita Lee abre sua casa para falar sobre carreira, família e idade: "Em vez de mutante, agora sou meditante"

Rita Lee abre sua casa para falar sobre carreira, família e idade: "Em vez de mutante, agora sou meditante"

Resguardada na segurança de sua casa, no condomínio onde vive há dois anos, na Granja Viana, em Cotia, Rita Lee nem parece a rainha roqueira. Ali, seu tempo passa devagar, enquanto rega as dezenas de orquídeas que, organizadas sobre uma mesa, dividem a sala em dois ambientes. Cuida da horta, planta, colhe. Dá comida às carpas e às tartarugas que moram no lago ao lado da sua janela. E entra muito pouco no pequeno estúdio construído no quintal.

"As turnês continuam intensas. Quando volto pra casa, a música não toma muito tempo da minha vida", diz.

Rita não abria essa intimidade perfumada de incenso há pelo menos 12 anos, quando optou por responder a jornalistas apenas por e-mail. Mas agora alguma coisa mudou.

Está divulgando seu "Multi-show Ao Vivo" -pacote de CD e DVD que registra a turnê de seu show mais recente. E, pela primeira vez em todo esse tempo, recebe um repórter em sua sala de estar. "Foi um lapso, uma guarda baixa", brinca. "Por e-mail continua sendo muito mais confortável -tanto para o jornalista quanto para mim. Ele não pega trânsito, eu não tenho que passar batom, é muito mais fácil." Apesar da gripe forte, fuma um cigarro atrás do outro. É o único vício que diz não ter largado depois de experimentar quase todos. Enquanto conversa, pega no colo algum de seus cinco gatos -que, pode-se notar, convivem pacificamente com os cinco cães da casa. Há exatos 30 anos, Rita começou essa nova vida. Na contracapa de seu LP de 1979, aparecia grávida e, postura emblemática, apoiava seu corpo sobre o do marido, Roberto de Carvalho. A maior roqueira do Brasil havia se tornado, como costumavam dizer na época, uma "mãe de família". "Antes do Roberto, eu era boy total. Coçava saco. Sempre andei com menino, de carrinho de rolimã", lembra. "Eu tenho um pé na sapataria. Todo mundo tem um pouco, eu acho. Mas, no meu caso, minhas inspirações eram sempre masculinas: Bowie, Jagger..."

Depois que conheceu Roberto, sua feminilidade subiu para o primeiro plano -inclusive na música. "Comecei a passar batom, usar sutiã. Foi uma descoberta", afirma. Junto, veio o sucesso popular. Todas as faixas desse álbum de 1979 emplacaram no rádio. Entre elas, "Mania de Você", "Doce Vampiro" e "Chega Mais". Era só o começo.

"Rita tinha constrangimento do sucesso", diz Roberto. Ela interrompe o marido: "Ainda acho que, em qualquer arte, tudo fica melhor se o artista tiver um pouquinho que seja de sofrimento, do lutar, daquela coisa romântica. Quando é muito dinheiro no banco, algo está errado para o artista".

Bem, 30 anos depois dessa guinada e tantos discos de ouro acumulados, Rita não é exatamente o que podemos chamar de pobretona. Como combustível para fazer música, diz não precisar mais desse "sofrimentozinho necessário". Agora, fala do mundo que vê. "É uma coisa de idade. Você atinge essa serenidade de observar melhor", diz. "O jeito que eu via os meus meninos pequenininhos era bem diferente do jeito que vejo minha neta. Estou gostando mais agora."

Mutante

Ela conta que o corpo reclama um pouco, "principalmente meu fígado e minhas hérnias de disco". Mas faz semanalmente tratamento com medicina ortomolecular e tem sentido bons resultados.

"Estou ótima para 61 anos. Agora sou uma meditante. Em vez de mutante, meditante."

Nada mal para quem, aos 28, tinha certeza que estava no fim da vida. "Nossa, eu lembrava de quando era pequena e via minhas tias balzaquianas como se elas fossem seres pré-históricos. Quando fiquei trintona, quase pirei", conta. "Mas logo descobri que, depois dos 30, a gente libera geral e vai voltando, fica cada dia mais nova. Igual ao filme do Brad Pitt."

"A minha vida é uma reinvenção diária"

Aos 61 anos, Rita Lee afirma que lança DVD ao vivo para que a neta possa vê-la e diz detestar quando perguntam quando ela irá se aposentar

Quando recebeu a reportagem da Folha em casa para falar sobre seu "Multishow ao Vivo", Rita Lee nem sequer tinha ouvido ou visto os respectivos CD e DVD. Assumiu que não gosta desses registros que faz em público. Nunca os vê depois de prontos.

"Sou do tempo da Elis e da Angela Maria, minha voz não é nada. Numa gravação como essa do DVD, fico muito insegura", confessa. "Prefiro aqueles videozinhos que as pessoas gravam com celular e colocam no You Tube. É muito mais legal, mais quente."

Seu grande barato é entrar em estúdio e, longe do público, fazer experiências. Graças a isso, já tem pronto um número suficiente de canções inéditas para encher um álbum. E diz estar "se coçando" para fazê-lo.

Por que então deixar a novidade de lado e lançar mais um trabalho ao vivo? "Nem sei direito", diz. "Pra registrar, pra minha neta assistir quando eu morrer. São essas coisas que me passam pela cabeça."

Além do disco de inéditas, ela pensa em regravar músicas de cinema numa levada bossa nova, como já fez antes com o repertório dos Beatles. "Adoro as canções dos filmes italianos, dos musicais da Metro, das chanchadas da Atlântica", enumera. "Talvez "roquear" os clássicos da bossa nova também seja uma ideia boa."

Roberto de Carvalho gosta das possibilidades. Suas aptidões como pianista e arranjador sempre foram íntimas dessa estética musical. "Quando ele entrou na minha vida, trouxe uma carioquice que tinha muito a ver com bossa nova", lembra Rita. "Eu fiquei apaixonada. Era um vulcão. A gente fazia música o dia inteiro."

Ele próprio, no entanto, se mostra fascinado com artistas que transgridem seus próprios padrões estéticos. Cita os dois últimos discos de Caetano, voltados ao novo rock, como bons exemplos dessa ousadia. Mas afirma que ele próprio não sabe lidar com ela.

"Quando tenho esse tipo de ansiedade, eu sento e espero passar", diz o músico. "A diversidade de assuntos que o Caetano tem não faz parte da minha personalidade. E eu nem sei se tenho esse talento todo para fazer bem alguma coisa diferente da que eu já faço."

Misoginia?

Assumir as próprias limitações é algo que costuma trazer serenidade -a tal paz de espírito que, segundo Rita Lee, as pessoas só atingem com o avançar da idade. Ainda assim, o casal gosta de fazer a diferenciação: estar sereno não é o mesmo que estar acomodado.

"Uma coisa que me perguntam sempre é quando eu vou me aposentar. Eu detesto porque continuo com o mesmo tesão de antes quando subo no palco", diz Rita. "É gozado: nunca vi perguntarem isso pro Chico Buarque. Será que é misoginia?". Roberto joga na roda outras palavras que, como "aposentadoria", Rita detesta. Uma delas é "irreverente", adjetivo que corriqueiramente a imprensa cola ao nome da cantora. Outra: "reinvenção". "Não suporto esse termo", ela reclama.

"Isso é bobagem da Madonna, que bota uma roupa diferente e acha que se reinventou. Na real, a vida é uma reinvenção diária. A minha, pelo menos, tem sido assim."

  • Matéria na fonte.

    Fonte: Folha de São Paulo