Rio - Existe um velho ditado que diz: “rei morto, rei posto”. Normalmente, os reinos programam-se para essas sucessões sem maiores problemas. Afinal, ninguém é insubstituível. Parece. Mas como fazer uma transição dessa natureza no universo da música pop, lugar onde o Rei era ninguém mais ninguém menos do que Michael Jackson? Quem poderá ocupar seu lugar no trono, ao lado da Rainha Madonna?
“Acho que a era dos astros pop acabou. Continuaremos tendo artistas incríveis, mas não do tamanho de Michael Jackson, de uma Madonna. Não temos mais a força dessa indústria que ajudou a criar essas imagens”, avalia Fernanda Abreu, devota confessa de Michael, morto em 25 de junho deste ano. A cantora, que já regravou o hit ‘Rock With You’, de MJ, também não acredita que Lady Gaga possa ocupar o terreno da Material Girl. “Percebo que ela está na cola da Madonna, investindo em atitudes polêmicas, mas, pelo que vi, ela não chega aos pés”, opina.
A dupla Rita Lee e Roberto de Carvalho, que costuma ouvir Lady Gaga para malhar, vislumbra algum futuro para a cantora. “‘Poker Face’ é ótima. Acho que a Gaga pode vir a ser grande, como Madonna, mas vai ter que cortar um dobrado. Outro dia, vimos as duas no ‘Saturday Night Live’. Mas aí, me desculpe, genial mesmo foi a Madonna.
Artistas que rompem com estruturas não podem ser reeditados. Michael, Elvis, Madonna, Carmen Miranda, Caetano Veloso, Rita Lee. Cada um aparece e explode em épocas específicas”, argumenta Roberto de Carvalho. O marido da Rainha do Rock adianta que Rita vai incluir no show que fará dia 16 de janeiro, no Vivo Rio, uma música em homenagem a Michael Jackson. “Vai ser um cover completo de ‘Bad’”, promete.
A cantora Ithamara Koorax também decidiu pôr em seu repertório uma música do Rei do Pop para a apresentação do dia 2, no Bar do Tom. “Vou cantar ‘Human Nature’, grande sucesso do disco ‘Thriller’. Comecei a gostar dele com ‘Ben’ na infância”, diz ela, que prevê apenas 15 meses de fama para os futuros popstars. “Da nova geração gosto muito da Lily Allen, da Joss Stone e da voz, mas não da atitude, da Amy Winehouse. Acho exagerado este marketing em cima da imagem autodestrutiva dela. Adoro a Lady Gaga, mas ela não é a nova Madonna. Na minha opinião, a última grande cantora que surgiu foi a Mariah Carey. Às vezes, descamba para um lado cafona, mas faz o que quer com a voz”, defende.
Em 42 anos de carreira, Michael cresceu sob o olhar do público, rompeu barreiras raciais dentro da música, imortalizou o ‘Moonwalking’ — passo de dança que é sua marca registrada — e produziu, ufa!, em parceira com Quincy Jones, o album mais vendido de todos os tempos, ‘Thriller’, de 1982.
Por todas essas qualidades, o crítico de música de O Dia, Mauro Ferreira, entende que o grande desafio é encontrar o MJ do século 21 . “Michael foi um ícone do século 20. Ele trouxe a música negra para o público branco. Era muito completo. O Michael é como o Jorge Ben Jor. Criou um estilo e depois vieram as cópias. Justin Timberlake tinha muito de MJ no começo. Mas ainda não apareceu o produto do século 21, em um novo contexto”, diz.
“Acho que a era dos astros pop acabou. Continuaremos tendo artistas incríveis, mas não do tamanho de Michael Jackson, de uma Madonna. Não temos mais a força dessa indústria que ajudou a criar essas imagens”, avalia Fernanda Abreu, devota confessa de Michael, morto em 25 de junho deste ano. A cantora, que já regravou o hit ‘Rock With You’, de MJ, também não acredita que Lady Gaga possa ocupar o terreno da Material Girl. “Percebo que ela está na cola da Madonna, investindo em atitudes polêmicas, mas, pelo que vi, ela não chega aos pés”, opina.
A dupla Rita Lee e Roberto de Carvalho, que costuma ouvir Lady Gaga para malhar, vislumbra algum futuro para a cantora. “‘Poker Face’ é ótima. Acho que a Gaga pode vir a ser grande, como Madonna, mas vai ter que cortar um dobrado. Outro dia, vimos as duas no ‘Saturday Night Live’. Mas aí, me desculpe, genial mesmo foi a Madonna.
Artistas que rompem com estruturas não podem ser reeditados. Michael, Elvis, Madonna, Carmen Miranda, Caetano Veloso, Rita Lee. Cada um aparece e explode em épocas específicas”, argumenta Roberto de Carvalho. O marido da Rainha do Rock adianta que Rita vai incluir no show que fará dia 16 de janeiro, no Vivo Rio, uma música em homenagem a Michael Jackson. “Vai ser um cover completo de ‘Bad’”, promete.
A cantora Ithamara Koorax também decidiu pôr em seu repertório uma música do Rei do Pop para a apresentação do dia 2, no Bar do Tom. “Vou cantar ‘Human Nature’, grande sucesso do disco ‘Thriller’. Comecei a gostar dele com ‘Ben’ na infância”, diz ela, que prevê apenas 15 meses de fama para os futuros popstars. “Da nova geração gosto muito da Lily Allen, da Joss Stone e da voz, mas não da atitude, da Amy Winehouse. Acho exagerado este marketing em cima da imagem autodestrutiva dela. Adoro a Lady Gaga, mas ela não é a nova Madonna. Na minha opinião, a última grande cantora que surgiu foi a Mariah Carey. Às vezes, descamba para um lado cafona, mas faz o que quer com a voz”, defende.
Em 42 anos de carreira, Michael cresceu sob o olhar do público, rompeu barreiras raciais dentro da música, imortalizou o ‘Moonwalking’ — passo de dança que é sua marca registrada — e produziu, ufa!, em parceira com Quincy Jones, o album mais vendido de todos os tempos, ‘Thriller’, de 1982.
Por todas essas qualidades, o crítico de música de O Dia, Mauro Ferreira, entende que o grande desafio é encontrar o MJ do século 21 . “Michael foi um ícone do século 20. Ele trouxe a música negra para o público branco. Era muito completo. O Michael é como o Jorge Ben Jor. Criou um estilo e depois vieram as cópias. Justin Timberlake tinha muito de MJ no começo. Mas ainda não apareceu o produto do século 21, em um novo contexto”, diz.