quarta-feira, 29 de abril de 2009

Anos 1990

Anos 1990

Em 1991, Rita separa-se temporariamente de Roberto de Carvalho (ao menos profissionalmente) e inicia a bem-sucedida turnê voz-e-violão Bossa 'n' Roll, seguida do disco Rita Lee, dedicado a um rock'n'roll mais purista. O casal só viria a dividir o palco novamente em 1995.

Rita teve seu nome envolvido com drogas durante muito tempo. Experimentou maconha, mescalina e LSD no final dos anos 60, e em agosto de 1976, durante sua primeira gravidez, foi presa por porte de maconha. Na década de 80, interna-se em uma clínica de reabilitação devido a uma combinação de uso de drogas e stress (já havia sido hospitalizada por estafa no início dos anos 70, e voltou a ser internada pelo mesmo motivo em 2004). Em 1995, pouco antes de abrir o primeiro show dos Rolling Stones em solo brasileiro, deu entrada no hospital por overdose, e no ano seguinte, sob efeito de barbitúricos, sofreu uma queda da varanda no segundo andar de seu sítio, esfacelando seu côndilo maxilar e tendo que passar por uma cirurgia para colocação de pinos de titânio. Os médicos teriam dito que, após o acidente, ela jamais voltaria a cantar. Contudo, depois da cirurgia bem-sucedida e diante da possibilidade de retomar sua carreira, Rita teria se comprometido a largar as drogas, o que, segundo uma declaração da cantora ao programa Fantástico, (Rede Globo), só fez totalmente em janeiro de 2006, depois de procurar ajuda em um hospício.
Rita Lee
Nome completo Rita Lee Jones de Carvalho
Data de nascimento 31 de dezembro de 1947 (61 anos)

Origem São Paulo (SP)

País
Brasil

Gêneros
rock and roll, pop

Instrumentos
vocal, violão, flauta


Gravadoras Polygram
Polydor
Philips
EMI
Som Livre
Universal Music
Abril Music

Afiliações
Os Mutantes (1968-1970)

Sítio oficial
www.RitaLee.com.br

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Série túnel do tempo. Rita Lee - On the rocks



Trecho do Rita Lee Especial exibido pela TV Globo em 1995 - show A marca da Zorra.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Passe vontade..........!!!! PiC NiC. Algumas fotos da Turnê.





Clique para AMPLIAR.

ARAÇATUBA! PiC NiC com Rita Lee!!


O show será realizado no Vívere Eventi em Araçatuba. Dia 23 de Maio.

Mesa Vip Premium - R$ 180,00
Mesa Vip - R$ 150,00
Mesa lateral - R$ 120,00
Mezzanino Vip - R$ 150,00
Mezzanino - R$ 120,00



quarta-feira, 22 de abril de 2009

terça-feira, 21 de abril de 2009

segunda-feira, 20 de abril de 2009

domingo, 19 de abril de 2009

sábado, 18 de abril de 2009

PiC NiC em Araçatuba. Não esqueçam!


"Não nasci para casar e lavar cuecas", revela Rita Lee

*Vale a pena ler de novo*

Por Marcus Preto


Ela entrou no masculino universo do rock, quebrou barreiras na ditadura militar e trouxe revoluções, sonoras e sexuais, para a sua música.
Rita Lee, a maior estrela do rock brasileiro, completa 60 anos e mostra sua infinita habilidade de criar e cantar as histórias que todos (ainda) querem ouvir.

Já passam das cinco da tarde e ela chegou ao ensaio há pouco mais de 20 minutos. Sentada em uma cadeira alta, passa as harmonias vocais com as duas backings enquanto os cinco instrumentistas, posicionados em círculo e comandados por Roberto de Carvalho, tentam chegar a um acordo sobre o arranjo de uma música nova. Uma estante de metal fica a sua frente, onde estão impressas em caracteres grandes as letras de todas as canções programadas para o show que virá.

Ali, ela faz algumas poucas anotações, que depois não consulta mais. Sentado onde estou, meio de viés, só consigo ver um pouco do seu perfil e as costas. Mas não é preciso mais que isso para entender a beleza de Rita Lee. As maçãs do rosto imponentes, rosadas e levemente sardentas. Seus cabelos vermelhos de fogo. Os olhos azuis, brilhando debaixo dos óculos de grau de lentes coloridas, parecem mais serenos e adivinham tudo o que vai acontecer naquela sala. São quatro décadas de experiência, afinal. Vejo passar um filme fragmentado no fundo da cabeça que dura apenas uma fração de segundo, mas alinhava dezenas de imagens de muitos tempos, cenas da vida dela e da minha: Festival da Record, "Domingo no Parque", os discos dos Mutantes, "Mamãe Natureza", inauguração do Teatro Bandeirantes com Tutti-Frutti, Hollywood Rock, "Ovelha Negra", gravidez na prisão, a trilha sonora de Malu Mulher, minha mãe nos anos 80, "Mania de Você", clipes do Fantástico, "Lança Perfume", meus primeiros LPs, prisioneiros de um arranha-céu, Rock in Rio 1, "Bwana", aberturas de novelas, "Bossa'n'Roll", porres homéricos (dela e meus), paixões frustradas (minhas e dela), crises de choro, amores históricos. Ponho o pé na realidade e faço o filme parar.

Algumas semanas antes, recebi seu primeiro e-mail, com instruções de como poderíamos fazer esta reportagem. Os tons das suas mensagens são sempre carinhosos e o modo como sua vida está organizada atualmente transparece nesses escritos. ________________________________________________________________


De: Rita Lee Data: quinta-feira, 23 de agosto de 2007 13:09 Assunto: lee para preto Meu filho, a gente escrevinha por e-mail uma parte da entrevista (sou bem melhor nas teclas do que falando). Mas o lado 'alma' pode ser feito na nossa casa, no meio do mato, que é onde estou morando e de onde só saio para fazer shows e volto correndo. Sei que não é muito excitante para um rapaz cheio de testosterona ficar no meio do mato com uma pobre senhora fútil como eu, mas podemos ficar lá bundando juntos, pelo menos por uma tarde, uma comidinha vegetariana. Vamos nos falando. Love you, Vovó Ritinha.

_________________________________________________________________ Obedeci à risca as regras sugeridas por ela e passamos semanas trocando dezenas de mensagens em pingue-pongue (ela sempre mais rápida do que eu). "É de acordo com os tempos em que vivemos. A tal da 'netspeak' que a meninada usa para se comunicar é uma taquigrafia moderna e esperta, gasta-se menos tempo para escrever o mesmo que demoraria num português 'normal'. Acho isso genial", ela admitiu depois. Já faz algum tempo que a internet tem sido seu único meio de comunicação com a imprensa. Rita só fala com jornalistas por e-mail. Há quem diga que esse método não é o mais eficiente para entrevistar alguém, já que não vemos os olhos do interlocutor e assim fica mais difícil "jogar" com ele, desconfiar se está mentindo. Esse preceito pode valer para a maioria dos casos, mas não é garantia de nada quando a entrevistada é Rita Lee. Quando ela quer, mente e pronto - seja por e-mail, seja no cara a cara. "Vamos combinar que todo mundo mente?", lança. "Em entrevista, a coisa fica sendo ainda mais sedutora. Afinal, inventar coisas absurdas a seu respeito não é mais interessante para um jornalista do que simplesmente contar-lhe como sua vidinha verdadeira é besta?" É de se duvidar que a vida da maior estrela pop que o Brasil já produziu não renda histórias sensacionais e extraordinárias. Ela diz que não é bem assim: "Dentro deste corpo que me pertence há 60 anos já pude presenciar uma porrada de exemplos de minha burrice e mediocridade". Querendo quebrar mais um pouco a linha entre invenção e realidade, ela ainda me provoca: "Querido, inventa bastante coisa sobre mim nessa minha matéria?".


________________________________________________________________ De: Pato Fu Data: sexta-feira, 16 de novembro de 2007 15:47 Assunto: Re: Uai... O primeiro show que vi na vida foi da Rita Lee, no Mineirinho, aqui em BH. Era a turnê Saúde, eu tinha uns 10 anos, fui com a minha vizinha que levou as filhas e sobrinhas adolescentes dela. Eu já tocava violão e fiquei impressionada com a apresentação dela: tocando, pulando, dançando, trocando de roupa. Conhecia a Rita de ver na TV, ouvir a toda hora no rádio. Nem fazia idéia que tinha existido os Mutantes, coisa que só fui saber alguns anos depois. Uma das coisas mais emocionantes pra mim foi ela ter gravado uma música do John e ter me chamado pra dividir os vocais. Nesse dia, o cachorrinho dela tinha sumido, mas mesmo assim ela foi muito bacana com a gente. Aliás, sempre é carinhosa demais. Desde que o Pato Fu apareceu, ela tem dito coisas boas sobre nós. Viva Rita, viva! Beijinhos, Fernanda Takai.



________________________________________________________________ É inevitável. Uns mais, outros menos, todos os artistas brasileiros que vieram a empunhar uma guitarra a partir de meados dos anos 70, sobretudo as mulheres, foram diretamente influenciados pela música da ruiva. E se hoje o ofício de "intérprete", o predileto entre as meninas até os anos 70, deu lugar ao de "cantora e compositora", também é ela a maior entre as culpadas. "Pois é, sem querer me 'gambá', durante um tempão fui uma das poucas almas femininas brasileiras (no exterior também não existiam muitas) que compunham letra, música, arranjos e era figura de frente nos palcos da vida. Faz relativamente pouco tempo que esse panorama mudou. De uma maneira geral, as garotas brasileiras de hoje estão com a bola toda em matéria de band leaders/cantoras/compositoras." A vocação para desbravar aquele mundo até então predominantemente masculino vem, segundo ela, desde a infância. "Não nasci para casar e lavar cuecas. Queria a mesma liberdade dos moleques que brincavam na rua com carrinho de rolimã. Quando entrei para a música, percebi que a 'tchurma' dos culhões reinava absoluta, ainda mais no rock. 'Oba', dizia eu, 'é aqui mesmo que vou soltar a franga e, literalmente, encher o saco deles'. Depois que provei a mim mesma que era capaz de conseguir as mesmas vitórias, sosseguei um pouco o facho. Principalmente depois que Roberto entrou na minha vida feito um Lancelot. Minha Guinevere pôde então exercer a função de namorada, amante e mãe. No palco, sou mais macho do que fora dele, não posso negar que minhas influências como figura de frente foram Jagger, Bowie, Tyler, Rod Stewart." E no Brasil? "Vou começar com Carmen Miranda, que me ensinou que uma gringa pode ser a mais brasileira de todas. Caetano e Gil me apresentaram ao Brasil brasileiro e me ensinaram como fazer música em português. Tom Zé me iniciou na patafísica. Paulo Coelho me ensinou a ler tarô e a pressentir uma inspiração." Ao contrário do que se imagina, Tom Zé não conviveu com Rita na época em que ambos empunhavam a bandeira tropicalista, no final dos anos 60. "Lembro-me de ter visto os Mutantes no dia da foto de capa do disco Tropicália e mais duas ou três vezes apenas. Nossas parcerias foram feitas através do [empresário] Guilherme Araújo, mas serviram como o anzol que me juntaria a Rita no futuro", ele conta. E segue a falar dela com orgulho. "Sua intuição sempre lhe disse que o humor e a alegria eram armas mais eficientes contra a ditadura do que qualquer pose de rock experimental", aposta. "Uma vez decidido esse caminho, ela teve a habilidade de mulher que é bem trepada. Mulher que é bem trepada lava a roupa sorrindo. Uma Rita bem trepada em um país que vive na mão de ditadores lava a política com um humor fino e cortante e resulta em uma música gostosa de cantar. A geração que chegou aos 13 anos no final dos anos 70 talvez seja uma das mais felizes: eles não viveram os horrores da ditadura, mas logo na saída pegaram essa artista reagindo àquele horror. O produto da reação tornou-se a música que essas criaturas passaram a ouvir nos shows, dançar nos bailinhos, a fonte daquela liberdade sexual." Muito antes de se tornar o brasileiro que mais livros vendeu pelo mundo, Paulo Coelho foi parceiro da ruiva em seis ótimas canções. Sua preferida é "Cartão Postal", mas as que fizeram mais sucesso foram "Esse Tal de Roque Enrow", do álbum Fruto Proibido (1975), e, sobretudo, "Arrombou a Festa", lançada em compacto de 1977 que imediatamente venderia 200 mil cópias. Os dois chegaram a morar juntos na casa da rua Pelotas, na Vila Mariana, para onde ela se mudou depois de sua saída dos Mutantes. E esboçaram um romance. "Achava que a Rita tinha muito a me acrescentar. Nascemos no mesmo ano. Quando me disse que tinha um quarto para mim na casa dela, eu fui. Tínhamos personagens diferentes: o meu se chamava Roberto e o dela Marina. Eram nossos alter egos, que conversavam muito. Em cada momento que a gente estava junto, a inspiração aparecia. Compúnhamos de duas maneiras: separados, com fita cassete, e pessoalmente. Nosso trabalho era perceber o que estava a nossa volta e traduzir sob a forma de música", conta o mago, pelo telefone, de Paris. Os processos criativos dela são os mais variados, mas é certo que é nas madrugadas que se sente mais inspirada. "Cole Porter se inspirava e inspirava cocaína, mas acho que Beethoven nunca fumou baseado. Eu sou uma 'criature of the night' por natureza, é na calada dos telefones e do corre-corre da casa que eu mais presto atenção na vida", ela explica. Se bem que, no verão, viro borboleta e acordo cedo pra tomar o sol que não faz mal para as minhas sardas. Mas meu exercício predileto é dormir, sempre trabalhei muito nos sonhos, até aprendi a andar de bicicleta quando era criança. Tenho um bloquinho e um gravadorzinho ao lado da cama para anotar as coisas que o santo dita quando estou nos braços de Morfeu. Sabe uma música que compus dormindo? 'Baila Comigo'." Paulo coelho acompanhou de perto alguns dos capítulos mais traumatizantes da vida da ruiva naqueles anos 70: os momentos de adaptação fora dos Mutantes, em 1973, e o episódio de sua prisão, três anos depois, por porte de maconha. "Rita passou bravamente por essas duas transições", ele recorda. "Não era fácil parar de trabalhar com os Mutantes, em que ela contava com toda uma estrutura, havia todo um mito. Encarar a prisão, então, foi pesadíssimo." O mago acredita que foram exatamente esses episódios adversos que os aproximaram. "Essas partes mais tenebrosas das nossas vidas acabaram se tornando pontos de identificação. Ao mesmo tempo em que ela tinha saído dos Mutantes, minha parceria com Raul começava a complicar muito em termos pessoais. E eu não sabia fazer nada a não ser escrever, fazer letra de música. Tempos depois, quando ela foi presa, também nos identificamos. Era um momento de repressão, e as pessoas que não tinham passado por essa experiência de prisão se afastavam das que tinham, ninguém queria criar caso com política." Em agosto de 1976, com um filho de 3 meses na barriga, a ruiva estampou as manchetes em toda a imprensa nacional: "Presa Rita Lee com maconha". "Minha família soube que eu estava grávida pelos jornais, depois que fui presa. Fiquei uma semana no Deic, um mês no hipódromo feminino e um ano em prisão domiciliar. A semana no Deic foi o pior momento de todos. Havia um carcereiro japonês que entrava na cela, mijava no chão e jogava baldes de cocô para que ninguém pudesse sentar. No hipódromo, a coisa foi mais branda, apesar dos interrogatórios diários. Depois de um mês lá, fui julgada e condenada a um ano de domiciliar, com guarda na porta e o escambau. A vontade de fugir de Alcatraz era grande, mas minha barriga era maior. Até hoje, quando vejo um camburão, as pernas balançam." Ela conta que tinha acabado de estrear o show do disco Entradas e Bandeiras no Teatro Aquarius quando aconteceu a detenção. "Uma colega de cela chamada Mendonça, um 'cavalheiro' que me cedeu sua cama por conta do meu estado interessante, até fez uma piada dizendo: 'Ô, Rita Lee, tu deu tanta bandeira que acabou entrando!'. Mendonça pendurava no varal da cela suas cuecas samba-canção, muitas vezes lavadas por mim em agradecimento por ter me cedido sua cama de baixo do beliche", lembra. "Uma noite, os presos políticos mandaram um violão para que eu fizesse serenata, foi cena de filme. Também compus um rock chamado 'X21', que era o número do nosso xadrez. Era um tipo de 'Jailhouse Rock', só com os nomes das minhas colegas e seus crimes correspondentes. Mas a música foi censurada e nunca cheguei a gravar."



________________________________________________________________ De: Rita Lee Data: terça-feira, 28 de agosto de 2007 14:43 Assunto: Re: preto para lee Não escuto nada dessas porcarias que fiz. Minha Lua em Virgem só vê os defeitos, e como não posso voltar atrás para mudar nada, prefiro não escutar mesmo. Em todos os discos tem coisa boa e ruim, pelo menos nos meus. Quando quero colocar uma música no show, tenho que descolar a letra e tento lembrar a música de cabeça, mas Roberto sabe tudo de todas as fases e me dá um help.



________________________________________________________________ Ela sempre gostou de dizer que não acha muita graça no repertório que construiu nestes 40 anos de estrada. Inconformado, forço um pouco a barra, de alguma coisa ela tem que gostar. "Tá bom, vai. Entre as minhas mais de 400 composições, tem umas dez das quais modestamente me orgulho de ter feito: 'Mania de Você', 'Orra Meu', 'Lança Perfume', 'Doce Vampiro', 'Caso Sério', 'Coisas da Vida', 'Obrigado Não', 'Flagra'... Ah, sei lá, meu!" Não deve ser por acaso: entre as oito canções citadas acima, apenas uma, "Coisas da Vida", não pertence a sua parceria com Roberto de Carvalho. A história dos dois tem raízes profundas. Ela conheceu o marido em 1975, quando ele fazia parte da banda de Ney Matogrosso. Dois anos depois, o guitarrista já constava na ficha técnica de Refestança (disco que a ruiva dividiu com Gilberto Gil pouco depois de sair da cadeia) como um dos membros do Tutti-Frutti, banda que a acompanhava desde o ano seguinte a sua saída dos Mutantes. Roberto foi tomando conta do pedaço e, pouco mais de um ano depois, o Tutti-Frutti estava desfeito. "Formamos uma dupla dinâmica de verdade. Há 31 anos, trabalhamos a quatro mãos, não sabemos o quanto dele é meu e o quanto de mim é dele. Roberto é um maestro do bom gosto, da harmonia requintada, um instrumentista impecável. Já eu sou um pára-raio do inconsciente coletivo que não sabe cantar nem tocar nada e se mete a besta", ela define. O disco de estréia da dupla, nas lojas em 1979, foi o maior sucesso da ruiva até ali, emplacando quase todas as faixas nas rádios, a começar pela balada-de-pós-trepada "Mania de Você". Na foto de contracapa do LP, ela aparece grávida do terceiro filho, Antônio, escorada em Roberto, que toca sua guitarra. Tom Zé considera esse álbum um marco da sexualidade brasileira. "Ele foi responsável pela educação sexual daquela época, com suas letras sexo-pedagógicas criadas pelo fato de Rita ter encontrado um marido tão fantástico como Roberto de Carvalho. Nunca vi uma pessoa se apaixonar tanto pelo pau de um namorado a ponto de tecer loas constantes e repetidas em tudo que cantava", diz o tropicalista. E segue a viagem: "No futuro, as moças podiam até reivindicar ter um pau como o que ela teve. A ciência, quando se tornar útil para o povo, vai estudar o pau de Roberto de Carvalho, criar pênis iguais e pôr no mercado. Toda moça haverá de dizer: 'Também quero o meu igual'. Como as coisas que a ciência produz são, no princípio, muito caras, o Governo Lula, que é muito preocupado com os impostos, iria taxá-los muito alto, como taxa os automóveis. Os sociólogos até diriam que os pênis da marca Roberto estavam criando problemas na economia familiar, mas imediatamente a associação dos pais iria fazer uma declaração na primeira página dos jornais dizendo: 'Não, para minha filha quero o melhor!'." Mas os fãs dos discos dos mutantes e do Tutti-Frutti, amparados por parte da crítica musical, não receberam a mudança causada por Roberto com os mesmos bons olhos de Tom Zé. "Os mais burros diziam que ele estava dando um golpe para aparecer às minhas custas", ela conta. "Entre nós dois, Roberto e eu, não rolavam saias-justas. Sabíamos o potencial um do outro. O que enchia o saco era gente de fora dando opiniões babacas e tentando semear a discórdia. Eles ladravam e nós dois desfilávamos." O desfile de sucessos foi aumentando progressivamente. E, na mesma proporção, o assédio descontrolado das pessoas em sua volta. A pressão foi pesada demais para a cabeça da estrela. "Eu era uma Xuxa acuada pela fama", ela lembra. "Aquilo me fazia sentir solitária pra caramba. Quem se aproximava era para roubar minha alma. Eu, que já enchia a cara com tudo, comecei a entornar legal. Diziam que eu havia tentado o suicídio, que estava com leucemia, que Roberto me dava porrada, y otras cositas. Vivia entrando e saindo de hospícios, mas nunca parei de compor. Quem segurou a barra dos meninos foi Roberto." Nessa primeira fase, a dupla rendeu nove LPs, com resultados um tanto diferentes em termos de qualidade. Se em 85 veio à luz o brilhante Rita e Roberto, cinco anos depois chegaria burocraticamente às lojas o fraco Rita Lee e Roberto de Carvalho. O álbum dava a impressão de que trabalhar em dupla por tanto tempo tinha mecanizado o processo criativo. O gesso precisava ser quebrado. "Realmente isso aconteceu", ela faz o mea culpa. "Sempre acontecia quando, por contrato, tínhamos que entregar um último trabalho. Como não havia o menor tesão, a gente copiava a gente mesmo sem o menor pudor. Até usávamos uma expressão engraçada para definir esses momentos: eis mais um sucesso do funcionalismo público musical." Em 1991, afastada de Roberto, a ruiva partiu para a estrada. Era a primeira vez sem a retaguarda do marido em 14 anos, e isso lhe causava uma insegurança tremenda. Na arte, se saiu muitíssimo bem: produziu o caprichado Bossa'n'Roll, show acústico levado a dois violões no qual relia de maneira delicada e inteligente uma parte significativa da própria obra. O projeto se tornou o embrião nacional da série de álbuns desplugados que viraria o carro-chefe da MTV anos depois. As críticas dos especialistas ao trabalho eram as mais favoráveis em anos, mas nada disso serviu para espantar os fantasmas que a assombravam na solidão da estrada. Arrumou uma companhia: a bebida. "Até então, eu tinha repulsa a beber, álcool era uma droga careta. Meu avô, meu pai e minha irmã mais velha eram alcoólatras.
Nunca achei que poderia virar uma até experimentar o barato rápido que a bebida dava, e ainda tinha a vantagem de você nem ser presa por encher o rabo. Ainda misturava com calmantes, baseado, pó e o que pintasse pela frente. Volta e meia eu entrava em coma e tinha que ir para o hospital fazer lavagens estomacais e tomar soro. Minhas entradas e saídas das clínicas, que eu chamo carinhosamente de hospícios, eram para desintoxicar e botar a cabeça no lugar", recorda. "Faz dois anos que estou limpa. Sei que essas doenças não têm cura, o lance é ficar no controle da situação, o que é bastante difícil, principalmente com álcool, que é superfácil de descolar. Geralmente, quando alguém vem me oferecer bebida, já digo na chincha que sou alcoólatra. Mas tem sempre aquela situação do cara inconveniente insistir dizendo: 'Vamo lá, Ritinha! Sei que tu é chegada nos birinaits, tá fazendo gênero comigo?'. É um clichê na vida de roqueiro encher a cara, ser preso, fazer escândalo, morrer de overdose, entrar e sair de hospício, virar doente terminal, ufa! Puxa vida, a única droga que uso hoje é Marlboro. Será possível que não vão me deixar em paz nunca?" - "Roberto, vê se essa empada é de cadáver?" - "Não é, Rita, são as suas, de palmito." - "Nunca se sabe. Come pra mim, vê se tem cadáver." Ela coloca na minha boca uma das empadinhas que estão no bufê do estúdio em São Paulo e foca seus olhos azuis nos meus, esperando a resposta. Dou uma dentada e vejo os pedaços de palmito. Digo isso a ela. ("Ai, graças a Deus, gosto tanto de empadinhas...") Rita não come carne - ou cadáveres - há cerca de 20 anos. Diz que é uma questão de respeito à vida dos animais. "Mas adoro tirar bifes dos meus dedos, quanto mais sangrentos mais meus caninos ficam felizes." A atriz Marisa Orth conta uma história que alinha com um só ponto toda essa filosofia vegetariana da ruiva: "Lembra daquele caso do canibal alemão que queria comer uma pessoa - gastronomicamente, eu digo - e colocou um anúncio nos classificados de um jornal procurando candidatos? Ouvi aquela notícia e fiquei chocadíssima. Pois a Rita nem se abalou. Pra ela, isso acontece todo dia e ninguém percebe, já que ela não vê a menor diferença entre comer carne de gente e carne de bicho. Quando me explicou isso, botou a mão na minha coxa e disse: 'Se eu posso comer a pata de uma vaca, por que não poderia comer uma fatia dessas 'coxona'?". Desde que não mora mais em são paulo (mudou-se para uma cidade próxima, a pouco mais de 30 km da capital paulista), Rita pôde ter de volta o clima de mato que seu histórico natureba sente falta. E ganhou espaço para a bicharada. "Tenho quatro gatos, quatro cachorros, três ratinhos, quatro tartarugas e 30 carpas. Preciso me segurar para não levar para casa os bichos que encontro no caminho", reconhece.
Também ficou mais acentuada sua falta de vontade de botar o pé na rua. Não tem aberto exceção nem para ir ao cinema, coisa que jura que gosta mais de fazer do que de ouvir música. "A gente baixa uma caralhada de filmes pela net, eta maravilha moderna essa. Assistimos aos blockbusters e às podreiras também. Dos filmes novos, gostei do 23, com Jim Carrey, e do Sycko, do Michael Moore. Dos meio velhos, gostei do Perfume. E dos antigões, adorei rever Modern Times. O escurinho do cinema é fundamental, mas morando no meio do mato, é mais prático baixar tudo e assistir com meus bichos. Com todas essas modernidades, tem sido difícil sair de casa. Mas, como não sou filha do Antonio Ermírio, preciso trabalhar para pagar minhas contas." Marisa diz que acha essa reclusão completamente normal, já que estamos falando de uma das maiores estrelas do Brasil. "A Rita é muito famosa, muito personagem e muito inconfundível. E tem muito maluco que gosta dela. Parece que ter isso tudo é muito bom, mas vai sair na rua para você ver. As pessoas te invadem. Ela mora dentro do parangolé dela e eu entendo isso. Está com cada vez menos saco para as pessoas e tem todo o direito", conclui.



________________________________________________________________ De: Zélia Duncan Data: quinta-feira, 15 de novembro de 2007 19:35 Assunto: Re: o amor é imprevisível O primeiro disco que, a pedido meu, ganhei de aniversário nesta vida foi de Rita Lee e se chamava Fruto Proibido. Era uma revolução a cada nota, a cada sílaba, um jorro de atitude, seqüestrando uma cabeça pré-adolescente e um país inteiro. Anos depois, esbarro pela primeira vez com a ruiva num estúdio em São Paulo, onde eu mixava a faixa 'Lá Vou Eu', dela e Luis Sergio Carlini, que invadiu o Brasil e nos aproximou de alguma forma. E vivemos momentos muito bacanas. Carinhos, parcerias, risadas, gravações e declarações. Mas nada me dava a pista de que, depois ainda, eu viria a cantar com os Mutantes por um ano e pouco, numa viagem linda e maluca, que não posso deixar de considerar parte de minha homenagem a Rita nesta vida. Eu me sentia um pouco guardiã de um posto que só pode ser dela. Hoje, meus e-mails não alcançam mais a musa. Mas meu pensamento é contra anti-spam e sempre voa até minha amada em Sampa, pra dizer o quanto o mundo precisa dela aqui! Viva Rita Lee! A música brasileira te agradece! Beijos, Zélia.


________________________________________________________________ Desde que foi expulsa dos Mutantes, em 1972, a ruiva nunca mais quis saber da banda que a lançou. E também nunca precisou disso. É óbvio que o aprendizado absorvido nos seis anos em que esteve ali (e nas seminais Six Sided Rockers, O Konjunto e O Seis, avós dos Mutantes) foi decisivo para que se tornasse quem se tornou, mas, uma vez fora, fez sua história seguindo outro caminho. E foi mais reconhecida pelo público pelo sucesso obtido nessas novas empreitadas (com Tutti-Frutti, com Roberto de Carvalho) do que pelo passado mutante. Muito por conta dessa ruptura bem-sucedida, fez questão de não participar do meteórico revival da banda, entre 2006 e 2007. "Nunca tive a menor dúvida de que 'a volta dos que não foram' não daria muito pano pra manga. Sempre fui avessa a essa coisa pobre de revival, esse caça-níquel sem vergonha de quem não tem coragem de partir para outros mares nunca d'antes navegados", ela alfineta. "Entendo que quem nunca viu Mutantes se lambuzou no melado. Afinal, as músicas do repertório eram todas do meu tempo. Senti foi um grande alívio de não estar lá revivendo o que, para mim, já estava morto e enterrado." O tema "revival" é delicado quando estamos falando de uma artista que teve o apogeu de seu sucesso nos musicalmente rentáveis anos 80 e hoje é obrigada a se adaptar a um mercado fonográfico destroçado, que exige incansáveis (e cansadíssimos) discos ao vivo e não dá nenhum valor para material inédito. Quão frustrante deve ser para um artista fértil como a ruiva ver sua produção recente não alcançar mais o grande número de ouvidos que um dia atingiu? "Juro que não é frustrante", ela responde. "O mais gratificante é compor, é ouvir uma música em primeira mão, mesmo que apenas meia dúzia de pessoas possam dar valor. É natural que o vulcão da minha juventude não espalhe tanta brasa como antes, mas a fumacinha ainda está lá, o vulcão não está adormecido, apenas menos exuberante. Entendo perfeitamente esse lance de neguinho só gostar das músicas antigas de artistas com mais de 40 anos de estrada. Quando vou assistir aos Rolling Stones, até curto um pouco as novas, mas a-d-o-r-o as antigonas. E se eles não tocarem '(I Can't Get No) Satisfaction', I can't get no satisfaction either!" Uma semana antes do fechamento desta matéria, ela passou mal durante um show no Rio de Janeiro. Nada muito grave, mas o público sempre fica assustado, já que conhece de cor seu passado de doidona. Ela diz que toma seus cuidados. "Estamos diminuindo bastante a quantidade de shows, porque, apesar de a minha cabeça continuar com 17 anos, meu corpinho de 60 num güenta tanta porrada. E dói dormir em hotel, comida que você não sabe quem preparou, viajar de avião, encontrar gente que fica tirando foto sua no celular sem pedir permissão... Preciso de pelo menos uns dias para recuperar as energias. O lance é que eu reclamo muito de tudo até pisar no palco, a partir de então, tudo vira a delícia de sempre. Sinto o mesmo tesão de 40 anos atrás."


________________________________________________________________ De: Rita Lee Data: segunda-feira, 24 de setembro de 2007 17:42 Assunto: Re: foto Orra meu, já chorei pra dedéu nessa minha vidinha besta. Desde criança, quando volta e meia me sentia uma bostinha total, desenvolvi uma boa estratégia para não ficar com pena de mim por mais do que 5 minutos: a auto-esculhambação. Por outro lado, tiro um bom partido de crises existenciais tipo 'eu prefiro ser feliz ou ter razão?', e outras tantas que entram pelos sete buracos da minha cabeça oca. Porrada tomei a vida inteira, mas, como tropicalista da gema, estou cagando e andando para quem me detesta e continuarei fazendo o que me der na telha.



________________________________________________________________ Ela não é uma personalidade do tipo "quem não ama odeia", muito menos do tipo "ah, por mim tanto faz": todo mundo vai com a cara dela. Por isso, soa um bocado imprevisto saber que ela sente existir gente que a detesta. "Essa sensação eu carrego desde pequena", ela diz. "Sempre fui persona non grata na escola. Quando comecei na música, diziam que eu era uma gringa riquinha fazendo rock imperialista. Quando saí dos Mutantes e parti para carreira solo, os manos torciam para minha derrota. Com Roberto, fui taxada de traidora do rock porque entrei no pop, na bossa, no bolero. Sobrevivi todos estes anos com críticas duras ao meu trabalho. O que me faz tocar o barquinho adiante é o público que sempre me prestigiou e continua enchendo meus shows." No último dia de 2007, ela completa 60 anos - dois terços deles registrados como história para qualquer interessado na música feita no Brasil. Mas não acha que as datas redondas mereçam ser comemoradas. Mais modéstia? "Não, é que eu tenho bode dessas comemorações com data marcada e detesto fazer aniversário. Desde criança, sempre achei insupórtabou. O meu aniversário acontece no Réveillon, então nunca tive uma festa só para mim. E sempre vinha um pão-duro com um presente só na mão dizendo: 'Este aqui é de Natal e aniversário'. Dãã..." Mas o tempo parece rodar diferente agora. Às vezes, ela tem a impressão de que os relógios de hoje funcionam mais rápido do que os de 20 anos atrás. "Mas prefiro essa metamorfose ambulante do que aquele tempo em que um sucesso do Roberto Carlos durava três anos", brinca. Quanto a sua música, ela diz que a produção não pára. "Estou com umas 40 letras para serem musicadas. Quem quiser me musicar, tamos aí! Outro dia, eu e o Beto, meu filho mais velho, fizemos juntos uma que se chama 'Nóia' e morremos de rir, porque ela é cruel com gente que enche o saco do próximo. Escrevi uma letra chamada 'Divagando' para uma levada trance que João, meu filho do meio, está produzindo. Como você pode perceber, estamos quase chegando a ser uma família 'Leema'." Há dois anos, essa família cresceu. beto deu à ruiva sua primeira neta, Izabella. Em uma das nossas primeiras conversas por e-mail, perguntei qual era a sensação de ser avó. Depois fui perceber que é esse o assunto que faz sua boca encher de água com mais abundância entre todos os outros.



________________________________________________________________ De: Rita Lee Data: sexta-feira, 31 de agosto de 2007 13:46 Assunto: Re: ritz Bicho, se eu soubesse que ser avó era tão genial eu nem teria sido mãe, hahaha... Izabella, minha Ziza, é uma sagitariana que não veio ao mundo a passeio. Quando Beto me contou que estava grávido, eu disse: 'Lá vem ela, Miss Brasil 3000!' Eu nunca tive uma filha, a diferença começa pela higiene da xerequinha, bem diferente da dos pirulitos. As roupinhas são mais graciosas. Ziza é vaidosa e dengosa, é falante pra caramba, gatinha manhosa. Ela é atenta e curiosa, aprende rápido, adora uma palhaçada. Tô de quatro por ela.



________________________________________________________________ Assim que o recebi, pensei que o e-mail acima poderia cair bem como desfecho desta matéria, já que define perfeitamente o estado de espírito atual da vovó roqueira. Mas os dias foram passando e nossas conversas trouxeram outros finais, todos eles bastante significativos. Acabei optando por este que transcrevo em seguida. Pelo simples fato de sentir nele que o filme que correu no fundo da minha cabeça enquanto olhava o perfil da ruiva no ensaio ainda não está completo. E pode nos render mais trilha sonora para novos porres homéricos, paixões frustradas, crises de choro, amores históricos e tantas outras cenas espetaculares.



________________________________________________________________ De: Rita Lee Data: domingo, 19 de novembro de 2007 17:47 Assunto: Re: último Ah, querido... Hoje, sou uma vovó alegre que escolheu morar no mato para ter mais qualidade de vida. Vem me ver que cê vai sentir como nunca estive tão feliz em toda a minha vida. Feliz pra caramba. Feliz, but I still can't get no satisfaction, and I like it, like it, yes I do. Se a gente ficar satisfeita, é melhor morrer, né não? Beijos eternos, Ritz.


Making Off: http://www.rollingstone.com.br/videos/1385/

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Rita Lee faz cirurgia de emergência e passa bem.

Cantora teve dores nas costas e foi operada na segunda-feira (13).
Ela se recupera em casa; show em Juiz de Fora foi adiado para maio.

Rita Lee teve de passar por uma cirurgia de emergência na última segunda-feira (13).

De acordo com a assessoria de imprensa da artista, ela teve fortes dores nas costas e se submeteu a uma operação de hérnia de disco lombar com o médico Jorge Pagura.

A cantora e compositora já teve alta e está descansando em sua casa.

O show da turnê "Pic nic", que ela faria em Juiz de Fora no dia 25 de abril, foi adiado para 9 de maio, no Cine Theatro Central.

O restante da agenda de Rita Lee, segundo sua assessoria, deve ser cumprido normalmente.

Comunicado oficial

Show em Juiz de Fora adiado para 9 de maio
Devido a súbitas e intensas dores na coluna, Rita Lee foi obrigada a realizar nesta segunda-feira, 13 de abril,uma cirurgia de emergência de hérnia de disco lombar, sob os cuidados do Prof. Dr.Jorge Pagura, em São Paulo.
A cantora e compositora já teve alta e se recupera bem.
Em função disso, o show Pic Nic, que Rita Lee faria no próximo dia 25 de Abril em Juiz de Fora, teve de ser adiado para o dia 09 de maio, véspera do Dia das Mães, no Cine Theatro Central.
Os ingressos já adquiridos são válidos para a próxima data. Quem não puder ir ao show no dia 09 de maio, deve dirigir-se à bilheteria onde adquiriu o ingresso para a devolução do dinheiro pago.

Data: 16/04/2009
Autor: Assessoria de Imprensa Rita Lee
Fonte: Site Rita Lee

http://www.ritalee.com.br/camarim/not_anterior.asp?numero=1002

Rita Lee está confirmada no Piauí Pop 2009 no Atlantic City Clube. Confira!

Em reunião realizada na manhã desta quarta-feira, no salão nobre da reitoria da O publicitário Marcus Peixoto anunciou nesta quarta-feira (15) a quarta atração do Piauí Pop 2009. Ainda em São Paulo acertando detalhes do evento, ele confirmou o contrato com a rainha do rock, Rita Lee, que vai participar pela primeira vez do festival no dia 4 de julho.

Agora são quatro as atrações confirmadas no evento, que pela primeira vez acontecerá no Atlantic City Club. Já estão garantidos O Rappa, Jota Quest, e Biquíni Cavadão. Além disso, o Piauí Pop contará com uma temporada de eventos que começa no dia 25 de abril, com show do grupo Skank na primeira Balada Piauí Pop. Serão três baladas até o festival em julho.

Rita Lee veio pela última vez em Teresina no ano de 2003, e sempre foi uma das atrações mais solicitadas pelo público. Será a primeira vez que ela subirá no Palco Torquato Neto, dedicado aos grupos nacionais do Piauí Pop, que ainda terá várias bandas locais, DJs, e muitas outras atrações.

Os passaportes já estão disponíveis na loja do Piauí Pop do Teresina Shopping. Quem adquirir o seu e o ingresso para o show do Skank terá desconto e paga apenas 1 + 2 de R$ 20 (meia). Procure mais informações sobre outras combinações de preços, incluindo o Burn Hot Space, no www.piauipop.com.br.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

terça-feira, 14 de abril de 2009

Flyer Araçatuba


Clique nas fotos para AMPLIAR.

PiC NiC em Juiz de Fora.

Clike para ampliar

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Informações sobre o Show em Araçatuba.

Devido à recente publicação entre os fãs ainda estou aguardando os valores e configuração do local do show.
Como está tudo recente, nem o pessoal da organização do Vívere têm ainda as definições exatas sobre os valores e configurações do dia do show.
Provavelmente na quarta feira (15/04/2009) já terei mais novidades.

Nos vemos no PiC NiC em Araçatuba!



Série Raridades. II.

domingo, 12 de abril de 2009

PiC NiC Araçatuba - SP

Rita Lee e seus bichos.

Multishow - Rita Lee - PiC NiC

Bastidores - Multishow
Data: 20/05/2009
Horário:21h45
exibição do programa Bastidores com as gravações do DVD de Rita Lee.

Multishow ao vivo Rita Lee - Multishow
Data: 20/05/2009
Horário:22:15
apresentação do especial Multishow Ao Vivo Rita Lee.

Multishow ao vivo Rita Lee - Multishow
Data: 24/05/2009
Horário:21:15
reapresentação do especial Multishow ao vivo Rita Lee.
Já tem 4 chamadas no ar:

http://www.youtube.com/watch?v=1zTpoVGNZAQ
http://www.youtube.com/watch?v=lsKOKYuHrWQ
http://www.youtube.com/watch?v=sMdzFplLRro
http://www.youtube.com/watch?v=RJ0tp_KgmQ8

Fotos da Gravação:
http://multishow.globo.com/Fotos/Multishow-Ao-Vivo---Rita-Lee.html


Beto Lee comenta o repertório do DVD Multishow Ao Vivo Rita Lee

'Cor de rosa choque' tem arranjo mantido, mas novas canções surgem no repertório, como 'Nóia' e 'Então'

Nossa repórter Bárbara Ohana foi investigar a gravação do DVD de Rita. Antes do show, ela bateu um papo com Beto Lee (vídeo ao lado), que conta um pouquinho de como é o processo de escolha do repertório.

"As músicas do repertório são definidas pelos velhos. Meu pai, como é diretor geral e maestro da parada, dá o tom, o toque e o tempo. Em 'Nóia', que é uma música nova que entrou agora, eu tenho participação na composição", comenta, logo lembrando da canção "Gosto do Azedo", também de autoria dele e já gravada pela trupe.

A novidade no setlist veio do baú de composições frenéticas de Rita:

"Temos muita coisa. Minha mãe tem muita letra. Ela tem pilhas e pilhas de letra que nunca foram aproveitadas. 'Nóia' é um caso assim. Ela chegou com uma letra, um tema. Toda letra tem que ser uma historinha", ensina Beto.

O show é recheado com hits e novidades. Muitas delas acabam criadas na madrugada adentro, durante as insônias da madre do rock:

"'Então', música que complementa 'Nóia', também fala de pessoas chatas, e "Insônia", música que o próprio nome já diz tudo. Minha mãe demora muito pra dormir, e a inspiração bateu nela na hora certa", entrega o filhote.

E das antigas? Qual está no show?

"Cor de rosa choque" é uma música que os velhos não tocavam há muito tempo. Ela ficou com um arranjo fiel à original, mas demos um reinvented".

sábado, 11 de abril de 2009

Citação - Rita Lee para Folha.


Folha - Por que só responde entrevistas por e-mail? Agora que será uma "teleterapeuta", não acha que a internet "esfria" a conversa? Rita Lee - Querida, acho um saco quando seus colegas me perguntam porque dou entrevistas por e-mail... Essa coisa cara a cara é uma intimidade que eu não dou mais. Já dei bastante, e hoje não posso dispensar as modernidades que facilitam nossas vidas.

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PiC NiC em Araçatuba SP - Vivere Eventi




PiC NiC em Araçatuba SP - Vivere Eventi

Área externa.

Discografia - Rita Lee

Com Mutantes

* 1968 – Os Mutantes
* 1968 – Tropicália ou Panis et Circenses (Coletânea)
* 1969 – Mutantes
* 1970 – A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado
* 1970 – Tecnicolor (Lançado em 2000)
* 1971 – Jardim Elétrico
* 1972 – Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets

Estúdio

* 1970 – Build Up (com Mutantes)
* 1972 – Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida (com Mutantes)
* 1974 – Atrás do Porto Tem Uma Cidade (com Tutti Frutti)
* 1975 – Fruto Proibido (com Tutti Frutti)
* 1976 – Entradas e Bandeiras (com Tutti Frutti)
* 1978 – Babilônia (com Tutti Frutti)
* 1979 – Rita Lee (Mania de Você)
* 1980 – Rita Lee (Lança Perfume)
* 1981 – Saúde
* 1982 – Rita Lee e Roberto de Carvalho (Flagra)
* 1982 – Baila Conmigo (Rita y Roberto en Castellano)
* 1983 – Bombom
* 1985 – Rita e Roberto (Vírus do Amor)
* 1987 – Flerte Fatal
* 1988 – Zona Zen
* 1990 – Rita Lee e Roberto de Carvalho (Perto do Fogo)
* 1993 – Rita Lee (Todas as Mulheres do Mundo)
* 1997 – Santa Rita de Sampa
* 2000 – 3001
* 2001 – Aqui, Ali, em Qualquer Lugar
* 2003 – Balacobaco

Compactos

* 1976 – Lá Vou Eu (com Tutti Frutti)
* 1977 – Arrombou a festa (com Tutti Frutti)
* 1983 – Desculpe o Auê/Yoko Ono (Em Espanhol)

Coletâneas

* 1984 – Lança Perfume e Outras Manias (Coletânea)
* 1984 – Rita Hits (Coletânea)
* 2000 – Rita Releeda (Remixes)

Ao Vivo

* 1976 – Refestança (com Gilberto Gil)
* 1991 – Rita Lee em Bossa 'n' Roll (Ao Vivo)
* 1995 – A Marca da Zorra (Ao Vivo)
* 1998 – Acústico MTV Rita Lee
* 2004 – Rita Lee MTV Ao Vivo

DVD

* 1998 – Acústico MTV Rita Lee (Ao Vivo)
* 2004 – Rita Lee MTV Ao Vivo
* 2006 – DVD Rita Lee Jones (Série Grandes Nomes 1980)
* 2007 – Box de DVD's Rita Lee Biograffiti

Participações Especiais

* 1975 – Hollywood Rock (com Erasmo Carlos e Raul Seixas) (Ao Vivo)
* 1989 – Dias Melhores Virão (Trilha Sonora do Filme Homônimo)
* 1989 – Pedro e o Lobo (Narradora)
* 1996 – Tutu, O Menino Índio (Narradora)
* 2005 – Wood & Stock: Sexo, Orégano & Rock'N'Roll (Dubla a personagem Ré Bordosa)

Discografia de Rita Lee

Álbuns de estúdio 30
Álbuns ao vivo 6
Coletâneas 7
EPs 3
Singles 18
Álbuns de vídeo 4
Trilhas sonoras 2
Álbuns de tributo e cover 1

PiC NiC - Bauru. Trechos do Show.



Have Fun! :o)

PiC NiC em Araçatuba SP - Vivere Eventi


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sexta-feira, 10 de abril de 2009

Rita Lee - Biografia.

RITA LEE

Rita Lee ocupa um espaço único dentro do universo da música popular brasileira. De seu repertório faz parte, além do enorme talento, uma grande dose de ecletismo pois, como filha legítima do Tropicalismo, Rita desfila sem pudores pelas mais diversas avenidas musicais, desde rock pauleira até bossas, baladas românticas e latinidades.


Além dos inúmeros sucessos que compôs para ela mesma, teve também suas músicas gravadas por artistas do calibre de João Gilberto, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Elis Regina, Gal Costa, Maria Bethânia, Milton Nascimento, Simone, Ney Matogrosso, Zizi Possi, Marisa Monte, Marina Lima, Zélia Duncan, Cássia Eller, Paula Toller, Henri Salvador, Frank Pourcel, Paul Mauriat, Gloria Estefan, Yael Levy, entre muitos outros. Em 39 anos de carreira, Rita realizou uma multitude de apresentações pelo planeta.

Rita Lee nasceu em São Paulo (capital) no dia 31 de Dezembro de 1947, sob o signo de Capricórnio, ascendente em Aquário e lua em Virgem. Filha caçula de Charles Fenley Jones e Romilda Padula Jones teve duas irmãs: Mary Lee e Virginia Lee. É casada com o músico e compositor Roberto de Carvalho desde 1976 e tiveram três filhos: Beto (27), João (25) e Antônio (23).


Apesar de sonhar em ser médica veterinária ou
atriz de cinema, Rita desde pequena tinha paixão pela música e chegou a ter aulas de piano com a famosa concertista Madalena Tagliaferro. Mais tarde, já na escola, formou um grupo só de garotas chamado Teenage Singers (1963). Em 1964 participou do Tulio Trio, depois do grupo Six Sided Rockers, que no ano seguinte mudou o nome para O'Seis e lançou um compacto com as músicas "Suicida" e "Apocalipse". No final de 1965, com a saída de alguns integrantes e entrada de outros, o grupo mudou o nome para O Konjunto. Quando a formação da banda se reduziu a apenas um trio surgiram Os Bruxos que logo a seguir foram rebatizados de Os Mutantes, grupo do qual Rita fez parte de 1966 a 1972. Os Mutantes fizeram sua primeira apresentação no III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, em 1967, acompanhando Gilberto Gil na música "Domingo no Parque". Fizeram parte do núcleo de fundadores do Tropicalismo, juntamente com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Tom Zé, Rogério Duprat e outros artistas de peso. Junto com os Mutantes, Rita marcou presença e imagem fortíssimas nos famosos festivais de música da época, onde seu talento, sua beleza e carisma sempre foram centro das atenções. Gravaram juntos 6 discos, entre eles o recém-lançado "Technicolor". A última apresentação de Rita com Os Mutantes aconteceu no VII FIC, em 1972 no Rio de Janeiro.


Paralelamente aos Mutantes, Rita lançou em 1970 e 1972, dois álbuns solos: "Build Up" que traz o seu primeiro grande sucesso "José", além de "Sucesso Aqui Vou Eu" ( uma psicografia dos tempos que ainda estavam por vir?) e "Hoje é o Primeiro Dia do Resto de Sua Vida".

Em 1973, Rita e a cantora Lúcia Turnbull formam a dupla acústica "Cilibrinas do Éden" e participam da Phono 73 em São Paulo. As Cilibrinas não seguem adiante, pois o
s ventos das mudanças ainda não haviam parado de soprar.

Ainda em 1973, Rita monta a banda "Tutti Frutti" e inicia um trabalho de fortíssima identidade pessoal, gravando discos como "Fruto Proibido", considerado por muitos como o melhor disco de rock nacional de todos os tempos. Realiza também as primeiras turnês para grandes públicos, percorrendo todo o Brasil com enorme aparato de produção, som, luz e cenografia. Nasce então a "Rita Superstar", a maior estrela do rock nacional e única a atingir tal magnitude. Performer inigualável e compositora de gênio, Rita lapida um verdadeiro maná de preciosidades, entre eles o sempre atual hino dos adolescentes "Ovelha Negra". Fazem parte desta fase canções como "Mamãe Natureza", "Menino Bonito", "Esse Tal de Roquenrou", "Coisas da Vida", "Jardins da Babilônia", "Miss Brasil 2000", "Agora Só Falta Você", "Eu e Meu Gato", "Dançar Para Não Dançar" e "Com a Boca no Mundo" .

Junto com o Tutti Frutti Rita gravou 4 discos, o último deles "Babilônia", em 1978. Antes disso porém, eis que em outubro e novembro de 1977, Rita cai na estrada com o show "Refestança" (mais tarde transformado em disco ao vivo), em que divide as honras da festa com seu amigo, mestre e compadre Gilberto Gil.


Em 1976, R
ita conhece e se apaixona pela pessoa e pela música de Roberto de Carvalho, guitarrista/pianista carioca que na época atuava na banda de Ney Matogrosso. Inicia-se neste momento um romance que iria se transformar num verdadeiro manancial de criatividade, uma parceria que renderia algumas das obras mais importantes da música brasileira. Em agosto de 1976, aos 3 meses de gravidez, Rita é presa em sua própria casa, sob acusação de porte de drogas, num dos fatos de truculência explícita mais revoltantes da ditadura que vinha dominando o Brasil desde 1964. Passou um mês entre o DEIC e o Presídio do Hipódromo e depois foi condenada a regime de prisão domiciliar por um ano. O fato se transforma em escândalo nacional. Mas, se a intenção era forjar uma imagem negativa de Rita, o tiro saiu pela culatra. Nessa época ela lança em compacto o mega hit "Arrombou a Festa", em parceria com Paulo Coelho. Uma sátira bem-humorada e contundente do panorama da Música Popular Brasileira de então, que se transforma em estrondoso e polêmico sucesso.

A gravidez e os tempos difíceis servem também para consolidar a relação do casal Rita e Roberto. Cabe também a Roberto estruturar o caos administrativo em que se transformou a carreira de Rita após a prisão. Nessa época entre outras pérolas, os Lee/Carvalho compõem em parceria com Nelson Motta o super hit "Perigosa", gravada p
elas Frenéticas. Em 1977 Roberto passa a fazer parte do "Tutti Frutti" e neste mesmo ano, no mês de março, nasce o primeiro filho do casal, Beto Lee (guitarrista talentoso, que vem atuando junto aos pais nos palcos desde o show "Santa Rita de Sampa").

A partir de 1979, Rita e Roberto começam a fazer discos e shows juntos - no formato "dupla dinâmica" - e inauguram uma fase superpop, de enorme empatia pop
ular. Desenvolvem um estilo único, que se manifesta num total de quinze álbuns e extrapola as fronteiras de nosso país. Rolam mega espetáculos, diversos especiais para a TV Globo num sucesso maciço de vendas e execução em rádio. O primeiro trabalho em disco da dupla Lee/Carvalho foi o álbum "Mania Você" e o sucesso chegou para ficar em canções (além desse mega hit que deu nome ao disco) como "Doce Vampiro", "Chega Mais", "Papai Me Empresta o Carro" e "Corre-Corre" entre outras tantas.

O disco seguinte, "Lança Perfume", de 1980, é histórico. Do repertório fazem parte canções como (além da própria "Lança Perfume"), "Baila Comigo", "Nem Luxo Nem Lixo", "Orra Meu", "Shangrilá" e "Bem-me-quer". Lança Perfume estaciona por 2 meses nas paradas de sucesso da França, chega em sétimo lugar da parada da Billboard e é lançado com grande êxito em vários países da Europa e América Latina. No Brasil, Rita se transforma em "mania nacional".


Em 1981 gravam o álbum "Saúde", e o sucesso continua em músicas como a titular "Saúde", "Atlântida", "Banho de Espuma", e "Mutante". Seguem-se através
dos anos hits como "Flagra", "Cor de Rosa Choque" ,"Só de Você", "On the Rocks", "Desculpe o Auê", "Vírus do Amor", "Bwana", "Pega Rapaz", "Perto do Fogo" "Livre Outra Vez", "Caso Sério", "Barata Tonta", etc...etc...etc...

Em 91, Rita e Roberto decidem interromper a parceria musical por um tempo. Rita inventa o formato precursor do hoje tão badalado "Acústico" com o
show "Bossa'n'roll", de forma ousada e despojada, sucesso em todo o Brasil e depois transformado em disco de enorme sucesso. Nele Rita fazia uma releitura de vários sucessos de sua carreira em formato banquinho e violão, junto com canções inusitadas do repertório de outros artistas. Show de empatia, show de bola.

Em 93, Rita lança o CD "Rita Lee" dando uma guinada em d
ireção a um roquenrou mais purista, onde pontificava a genial "Todas as Mulheres do Mundo".

No início de 95 Rita é convidada para fazer o show de a
bertura da turnê brasileira dos Rolling Stones. Convoca Roberto de Carvalho para reger a banda e realizam mega espetáculos nos estádios do Pacaembu em São Paulo e no Maracanã no Rio, ocasião em que germina o que viria ser o show "A Marca da Zorra". Realizam turnês pelo Brasil e o show vira um CD ao vivo, ganhando vários prêmios da crítica e êxito total de público. Roquenrou purista e em altíssima decanagem.

No final de 1996, Rita e Roberto se casam oficialmente depois de 20 anos de vida em comum. Também neste ano Rita se torna a primeira mulher a receber o Prêmio Shell pelo conjunto de obra, e no ano seguinte é a artista homenageada do Prêmio Sharp junto com a diva do teatro Fernanda Montenegro.

Em 1997 Rita assina contrato com a gravadora Polygram, atual Universal, e lança o CD "Santa Rita de Sampa", a parceria musical com Roberto plenamente retomada.
Em 1998 gravam o platinado "Acústico MTV", onde além de nova releitura de seus maiores sucessos, conta também com convidados estreladíssimos como Milton Nascimento, Titãs, Paula Toller e Cássia Eller. Faz uma grande turnê por todo o Brasil e alguns países da Europa. A turnê do "Acústico" se estende até o fim de 1999. Sucesso total!!!

Em 2000, de volta ao bom e velho rock'and'roll, Rita lança "3001", uma "máquina do tempo musical" produzido por Roberto de Carvalho, que em novembro de 2001 é contemplado com o Grammy Latino na categoria "melhor disco de rock".

Em 2001, Rita assina contrato com a gravadora Abril Music e, por sugestão de Marcos Maynard (presidente da Abril)
grava um álbum com releituras de clássicos dos Beatles. O repertório, escolhido a dedo em meio a tantos sucessos dos 4 Fabs, é composto por 14 músicas, entre elas três versões em português. A levada predominante é a bossa-nova, mas o pop, o samba-rock, o baião e o bom humor estão presentes nas versões feitas por Rita, que deixa clara sua intenção de abrasileirar as canções dos rapazes de Liverpool. "A Hard Day's Night", "With a Little Help From My Friends", "Pra Você Eu Digo Sim" (If I fell), "All My Loving", "Minha Vida" (In My Life), "She Loves You", "Michelle", "Aqui, Ali, Em Qualquer Lugar", "I Wanna Hold Your Hand", "Tudo Por Amor" (Can't Buy Me Love), "Lucy In The Sky With Diamonds", "Here, There and Everywhere", "In My Life", "If I Fell" compõem este álbum que prima pela simplicidade, bom gosto e qualidade. Com produção e arranjos de Roberto de Carvalho, e participações especiais de João Donato e João Barone (Paralamas do Sucesso), o platinado "Aqui, Ali, Em Qualquer Lugar", também lançado na América Latina, rebatizado como "Bossa'n'Beatles" é igualmente sucesso no exterior.

Em outubro de 2003, Rita Lee lança 'Balacobaco'. O disco, produzido por Roberto de Carvalho, é composto por 11 faixas inéditas : "Amor e Sexo" (parceria de Rita Lee, Roberto de Carvalho,
e do jornalista e cineasta Arnaldo Jabor), "A Fulana", "As Mina de Sampa", "Copacabana Boy", "Balacobaco", "Já Te Falei" (canção dos Tribalistas feita especialmente pra Rita), "Nave Terra", "A Gripe do Amor" (produzida por Roberto de Carvalho e pelo DJ Memê), "Tudo Vira Bosta" (Moacyr Franco), "Eu e Mim", "Over The Rainbow" e "Hino dos Malucos", (Rita Lee/Roberto de Carvalho/Fernanda Young/Alexandre Machado), que compõe a trilha do filme "Os Normais". Balacobaco é descrito pela crítica como "o melhor disco de Rita Lee nos últimos 10 anos" e transforma-se imediatamente em mais um sucesso na carreira da cantora.

Em pouco mais de um mês de lançamento Balacobaco é disco de Ouro. A turnê do disco 'Balacobaco' estréia em janeiro de 2004 com grande sucesso de público e crítica, lotando o Canecão (RJ) por vár
ias noites, seguindo depois para várias cidades brasileiras, além de cidades como Lima (Peru), Assunción (Paraguai), Cidade do Porto e Lisboa (Portugal), Nova Iorque e Boston.


Depois do belo, independente e bem sucedido 'Balacobaco', Rita vem de novo nos propor a festa. Em agosto de 2004 acontece em São Paulo a gravação do 'MTV AO VIVO RITA LEE', seu 32o disco. Lançado em CD e DVD pela EMI Music entre o final de novembro e o início de dezembro, em menos de um mês, Rita Lee recebe Disco de Ouro p
or esse novo trabalho. Partindo das mais de 400 músicas compostas ao longo de quase 40 anos, a idéia inicial seria colocar músicas "lado B", mas para agradar muçulmanos e cristãos Rita e Roberto acharam "do bem" incluir alguns clássicos e duas inéditas: 'Meio Fio', parceria entre Roberto de Carvalho e Arnaldo Antunes, e 'Coração Babão', do casal Lee/Carvalho. Zélia Duncan e Pitty são as convidadas especialíssimas de Rita em 'Pagu' e 'Esse Tal de Roque Enrow' respectivamente). Entre os extras do DVD, um presente especial pra matar a saudade: um clipe com momentos divertidíssimos do TVLEEZÃO, programa que Rita estreou na MTV no início da década de 90. Como diz Zélia Duncan no release do disco: "Bom de tocar, delicioso de ouvir, som bem tirado dos monitores, arranjos cheios de riquezas, mais uma proeza de Roberto de Carvalho, que assina produção e arranjos, além de guitarra e vocal."

OUTRAS ATIVIDADES

Em 1986, Rita estréia seu programa radiofônico "Radioamador" pela Radio 89 FM de São Paulo e Rádio Cidade do Rio.
Ficou no ar por nove meses e foi o pioneiro do humor moderno que hoje existe em grande escala por todas as rádios do Brasil.

Ainda em 1986, Rita estréia como escritora de literatura infantil na Bienal Internacional do Livro, lançando o livro "Dr. Alex". Lançou mais três livros com o mesmo ratinho Alex como personagem principal de aventuras sempre voltadas às crianças e com temática ecológica. Foram eles: "Dr. Alex e os Reis de Angra", "Dr. Alex na Amazônia" e "Dr. Alex e o Oráculo de Qua
rtz".

No cinema, Rita e Roberto fazem uma participação no premiado filme cult "Fogo e Paixão", com direção de Isay Weinfeld e Márcio Kogan, em 1988.


Em 1989, Rita participa do filme "Dias Melhores Virão", dirigido por Cacá Diegues, e junto com Roberto compõe a trilha musical e participa do Festival de Cinema de Berlim.
Também em 1989 Rita grava como narradora e grande orquestra o famoso conto infantil "Pedro e o Lobo", de Prokofiev.

Em 1992, Rita faz o papel de Raul Seixas no curta-metragem "Tanta Estrela Por Aí", com direção de Tadeu Knudsen, numa performa
nce surpreendente tendo recebido por ela o prêmio de melhor "ator" no Festival de Cinema em Gramado.

Também fez participações nas telenovelas "Top Model" (1990) e "Vamp" (1991) da TV Globo.

Ainda em 1991 Rita estréia na TV seu programa "TVLeezão", na recém inaugurada MTV, num total de 15 capítulos. Um dos programas mais criativos de todos os tempos na televisão brasileira, o TVLeezão era uma verdadeira salada mágica, misturando textos (de autoria de Antonio Bivar que já havia dividido com ela o Radioamador), entrevistas, e Rita exibindo uma performance de histrionismo a todo vapor, compondo diversos personagens e dando um show de desempenho. É inumerável a quantidade de programas de televisão que utilizaram e ainda utilizam
até hoje "TVLeezão" como "fonte de inspiração não creditada", digamos assim.

Em 2001 Rita volta a fazer uma das coisas que mais gosta: "pontas" no cinema. A convite da diretora Ana Muylaert, Rita grava uma personagem estranha no premiado filme "Durval Discos".

Como jornalista Rita escreveu entre 99 e 2002 uma coluna na revista Leros, publicada mensalmente na Inglaterra. Entre 2001 e 2003 foi colunista da Revista da MTV.

Em janeiro de 2002, estreou a turnê do show "Yê Yê Yê de Bamba", baseada no disco "Aqui, Ali, em Qualquer Lugar". A turnê percorreu todo o Brasil e alguns países da América Latina com grande sucesso.

Entre 2002 e 2004, Rita apresentou o programa "Saia Justa" (GNT) - líder de audiência do canal - ao lado de Fernanda Young, Marisa Orth e Mônica Waldvoguel.


Em 2003 Rita Lee lançou Balacobaco, que emplacou nas rádios a música Amor e sexo, um dos maiores sucessos do ano. A turnê de lançamento do show estreou no Rio (com direito a lotações esgotadas e diversas apresentações extra) e correu todo o país. O show foi registrado em DVD e CD lançados no ano seguinte dentro da série MTV ao vivo. O show, gravado em São Paulo, teve participações de Pitty e Zélia Duncan.

O programa Madame Lee marcou a volta de Rita a TV em 2005. Misturando bate papo descontraído com humor e música, o programa foi exibido pelo canal GNT. O formato fugia dos talk-shows convencionais, com Rita e Roberto recebendo os conv
idados em um consultório.


Rita voltou para a estrada em 2006. Entre maio e janeiro de 2007 gravou três shows que, junto a diversas entrevistas, foram lançados no box Biograffiti. Dirigidos por Roberto de Oliveira, os três DVDs fazem um perfil e contam a vida de Rita. Em maio Rita Lee recebeu o título de Cidadã Carioca em uma cerimônia na Câmara Municipal de Vereadores.

No início de 2008 Rita Lee estreou sua nova turnê, Pic-Nic. O show faz um apanhado dos 40 anos de carreira e celebra os 60 anos de Rita.

DISCOGRAFIA

Com os Mutantes: "Os Mutantes" (68), "Mutantes" (69), "A Divina Comédia ou Ando meio Desligado" (70), "Jardim Elétrico" (71) e "Mutantes e seus Cometas no País dos Bauretz" (72) e "Technicolor" (2000).

Com Tutti Frutti: "Atras do Porto tem uma cidade" (74), "Fruto Proibido" (75) e "Entradas e Bandeiras" (76) e "Babilonia" (78).

Com Roberto de Carvalho: "Refestanca" (com Gilberto Gil) (77), "Mania de Você" (79), "Lança Perfume" (80), "Saúde" (81), "Flagra" (82), "Bombom" (83), "Vírus do Amor" (85), "Flerte Fatal" (87), "Zona Zen" (88), " Perto do Fogo" (90), "A Marca da Zorra" (95), "Santa Rita de Sampa" (97), "Acústico MTV" (98), "3001" (2000), "Aqui, ali, em Qualquer Lugar" (2001), "Balacobaco" (2003), "MTV ao Vivo Rita Lee" (2004).

Solo: "Build Up" (70), "Hoje é o Primeiro Dia do Resto de Sua Vida" (72), "Pedro e o Lobo" (89), "Bossa'N Roll" (91), "Todas as Mulheres do Mundo" (93).

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