quarta-feira, 29 de setembro de 2010
sábado, 25 de setembro de 2010
Rita Lee apresenta ETC… no Anhembi.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
domingo, 19 de setembro de 2010
Famosos tietam Rita Lee no Rio.
Fernanda Lima, Glória Pires e Cissa Guimarães assistiram a show da roqueira, na noite de sábado (18)
QUEM Online
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Rita Lee: Rita Lee : “Prefiro ficar sem peitos a ficar paranoica”
Rita Lee tem show marcado para o sábado 18, no Rio de Janeiro. Será o vigésimo da turnê do mais recente CD, “ETC”. O grande barato de sua vida, porém, é ficar em casa, cercada de bichos, cuidando da horta e curtindo o marido, Roberto de Carvalho, seu “namorado” há 34 anos. O ti-ti-ti do mundo artístico não a empolga como antes. Hoje, a tranquilidade de seu lar é quem manda.
É ali que ela, aos 62 anos, se diverte. Dona de um espírito naturalmente gozador, a mãe de Beto, João e Antônio e avó de Izabella, 4 anos, não se furtou de falar com seriedade sobre o seu casamento, o processo de envelhecimento e a decisão recente de fazer uma cirurgia preventiva de câncer de mama, retirando os seios. Rita, que ainda se recupera da operação, conta por que decidiu não reconstituí-los com próteses. “Não faz muita diferença. As minhas (mamas) já eram pequenas.”
Como se preparou psicologicamente para remover um símbolo de feminilidade? Rita Lee – Eu estava mesmo looouca para tomar anestesia (risos). Estava para fazer a cirurgia de mamas fazia tempo, mas com a agenda de shows apertada nunca dava para marcar. Acompanhei a saga da minha mãe com câncer e não quero nunca passar por aquilo. Minha ginecologista aconselhou a retirada das mamas, algo que não fez muita diferença, uma vez que as minhas já eram pequenas. Tive três filhos, dei de mamar, prefiro ficar sem peitos e tranquila a ficar com eles e paranoica.
Tem medo de anestesia?
Meu pai era dentista. Aos domingos levava as filhas até o consultório. Era um filme de terror, pois ele não dava anestesia que era para a gente aprender a não comer porcaria. Tenho vontade de construir uma estátua para quem inventou anestesias.
Poderia completar a frase e explicá-la? 62 anos é uma idade…
Eu digo que tenho 65 anos, costumo aumentar a idade a cada aniversário. A minha terapeuta diz que quero controlar o tempo. Mal sabe ela que também adianto o relógio em duas horas.
Qual seu conceito de velhice?
A velhice tem um lado cruel, quando pensamos ainda ter 17 anos: toca o telefone, a gente pula do sofá, serelepe, para atender e as costas reclamam, o fígado xinga, as pernas não respondem…e o telefone tocando… Por outro lado me sinto menos burrinha do que quando era jovem.
Considera-se melhor avó do que mãe?
Ser avó é menos responsa, mais leve, mais inesperado para mim que tive três meninos e percebia o mundo através do masculino. Ziza (neta dela, filha de Beto Lee) é vaidosa sem ser peruinha, inteligente sem ser geniazinha, teimosa sem ser praguinha. Interessa-se pelos mistérios do universo e pelas barbies da vida. Fui e sou uma boa mãe, dou palpite só quando sou convidada. Mas como as unhas quando vejo que (os filhos) estão entrando numa fria e não posso falar nada.
Qual a diferença do seu relacionamento com o Roberto hoje e há 20 anos?
Vinte anos atrás Roberto e eu íamos para a estrada feito ciganos, com caminhões de som, luz, cenário… Ficávamos 15, 20 dias sem voltar para casa, as drogas rolavam soltas, os filhos estavam longe, matávamos a saudade trabalhando feito loucos. Hoje, o casal está na santa paz, fazemos um ou dois shows por mês, os meninos já saíram de casa, vivemos no mato felizes da vida. Nada piorou, não tenho a menor vontade de voltar no tempo
Em turnê, dormem em quartos separados. E em casa?
Dormimos em quartos separados desde sempre. Não sobra espaço para o romance quando o casal divide tudo o tempo todo. Hay que tener mistérios, segredos… Não se trata de uma receita de bolo (para a relação durar). Tem a ver com cumplicidade no crime, respeito pela loucura do outro, sorte, capacidade para o autodeboche, saber pedir perdão e ter admiração mútua.
Qual a maior burrada que cometeu?
Ter participado do primeiro Rock in Rio (1985) foi a minha maior burrada. Primeiro porque os brasileiros foram tratados feito lixo. Os gringos receberam os melhores horários de ensaios e apresentações. Segundo porque minha guitarra Telecaster vintage foi roubada. E terceiro porque eu poderia ter cobrado um cachê maior e marquei mó touca!
Qual sonho de consumo realizou?
Na época do “Lança Perfume” ganhei muita grana, mas, como já disse, fumei, bebi e cheirei tudo. Faz quatro anos que moro no mato cercada de verde e bichos: este foi meu sonho de consumo.
Você foi presa em 1976 acusada de porte de drogas. Como foi a sua experiência na prisão?
Quando fui presa, estava grávida e não fazia uso de nenhuma substância, estava em estado de graça. Quando os meganhas invadiram a minha casa de madrugada, pensei que fossem roqueiros. Estavam vestidos com blusões de couro, cabelos compridos e jeans. Me botaram no camburão e desfilaram pelas delegacias me exibindo como troféu. Lá no xilindró minhas companheiras de cela foram gente finíssima. Apenas os interrogatórios eram uma chatice. Queriam que eu dedasse “peixes graúdos”. Fiquei uma semana no Departamento Estadual de Investigações Criminais (em São Paulo), um mês no Hipódromo feminino e um ano em prisão domiciliar.
Tem assistido aos programas eleitorais?
Até assisto algumas vezes, mas são todos canastrões e clonados, nenhum se aprofunda em nada. “Vou cuidar da saúde!” Tá, nos diga detalhadamente como. “Vou cuidar da educação!” Tá, vai fazer isso de que maneira? E por aí vai. Assuntos como aborto e drogas eles apenas dizem que pertencem à saúde pública, dãããã…
Qual legado o presidente Lula deixará para o País?
Lula deixou a impressão para os gringos de que o Brasil hoje é um país sério. Mas fiquei desapontada com as bandidalhas que ele teimou em dizer que não sabia de nada.
Em quem não votaria e por quê?
Pela primeira vez vou votar nulo. Não sou do tipo “hay govierno soy contra”, “pero” com esses candidatos que aí estão perdi “también la ternura”. Meu rabinho simplesmente não abana para nenhum deles.
Do que sente saudade de sua juventude?
Da época do ginásio. Eu mijava dentro dos sapatos das meninas na hora da educação física, ficava de tocaia no barzinho para enfiar nhá benta na cara de quem comprasse. Tasquei fogo no cenário do teatro porque não me deram o papel de Julieta. Certa vez, fiquei em cima da árvore durante toda a manhã, igual àquele louco do Fellini que gritava “voglio una donna”… em vez de gritar eu lia um livro de Monteiro Lobato.
Olhar-se no espelho é um ritual do seu dia a dia? Considera-se uma mulher bonita?
Claro, para escovar os dentes não há outra maneira. Nunca fui bonita. Posso ter sido interessante quando jovem. Agora me olho no espelho e vejo uma pré-madre Teresa de Calcutá simpática com cabelos vermelhos.
Até onde vai sua vaidade?
Não como cadáveres de animais, nado todos os dias, eu mesma pinto o cabelo e faço as unhas. Pago para não sair de casa. Uma vez por mês a Gil vem dar uma tosada no cabelo.
Já imaginou como seria se fosse homem?
Certamente eu seria gay.
Poderia contar seu último sonho?
Sonhei com a minha família antiga, a casa onde morei com meus pais, adoro encontrar com gente morta.
Tem medo da morte?
Penso na morte como o grande gozo da vida. Gosto de velórios, mas tenho pavor de enterros. Sou a favor da eutanásia se estiver naquela situação vegetal/terminal.
Por quê?
Minha irmã mais velha morreu aos 38 anos do coração. Eu estava ao lado dela quando se foi para o andar de cima e não foi nada agradável. Assisti ao “You Don’t Know Jack” com Al Pacino no papel do Dr. Kevorkian, um grande defensor da eutanásia e do qual sempre fui fã. Os 138 suicídios assistidos por ele são absolutamente éticos e limpos. Como médico, sua “missão” era providenciar uma morte digna para um doente comprovadamente incurável, mas ainda de posse de suas faculdades mentais. Os humanos com doenças incuráveis que não aguentam mais sofrer em vão deveriam exercer o direito de decidir sobre a própria morte. Mas a “ética médico-cristã” prefere mantê-los ligados a instrumentos, receitar morfina e dizer: “Deus deu a vida e só ele pode tirá-la.”
Algum desejo para o momento da sua morte? Como gostaria que fosse seu enterro?
(Que fosse) durante o sonho que mais gosto: voando. (No enterro) as rádios tocariam minhas músicas sem cobrar jabás. Todos os canais de tevê fariam especiais. O “Jornal Nacional” terminaria em silêncio só com os créditos rolando. Os fãs carregariam capas de disco, faixas, camisetas num cortejo de choros histéricos (muitos desmaios) em volta do caixão exposto sei lá onde. Quero estar produzida à la Carmen Miranda, a mesma maquiagem que uso no palco. Minha franja não deve sair do lugar. Quero desfilar no carro de bombeiros e finalmente ser cremada numa cerimônia íntima ao som de Bach (rock é coisa de gentinha) para dar clima.
Tem alguma religiosidade?
Apesar de não acreditar em vida após a morte, às vezes me pego pedindo proteção aos antepassados e aos descendentes que ainda não nasceram. Tenho coleção de santinhos de todas as religiões, sou uma iconoclasta ateia.
Você mente?
Minto bem pra caramba! Faço o papel de cantora há 45 anos e até hoje ninguém duvida, pelo menos na minha frente.
sábado, 11 de setembro de 2010
Valeu a pena esperar Rita Lee e seu Etc.. e Tal.
Ao abrir as cortinas Lee interpretou o grande hit “Agora só falta você” que embalou o público que gritava sem parar, em seguida a cantora explicou o motivo do cancelamento do show por conta das chuvas que afetaram Pernambuco no mês de junho. “Não tinha clima para cantar depois de toda aquela tragédia, por isso, resolvi marcar uma nova data”, explicou em seu primeiro contato com a platéia.
Sempre antenada e polêmica a cantora não se limitou a fazer suas críticas sobre o cenário político e bater um papo com o público. “E ai gente esse ano é de eleição vocês estão preparados? O presidente está na cidade em um comício não é?”, em referencia ao comício com a presença de Lula no Marco Zero. “Eu voto nulo!”, gritou uma moça da platéia.
“O voto é seu você faz dele o que você quiser”, respondeu em tom de brincadeira a cantora. Porém, não deixou de expressar: “Se nos anos 80 vivíamos uma ditadura militar, nos dias atuais vivemos a ditadura da putaria, por isso minha plataforma é o ócio criativo”, debochou a cantora.
A cantora que já tinha confessado está adorando a novela “Passione” em seu Twitter brincou com a platéia que tinha perdido um capitúlo por conta da apresentação. “A Diana descobriu ou não o segredo do Gerson? Estou curiosa aqui querendo saber. Vocês não assistem novelas? Elas fazem parte da cultura da brasileira, e confesso que estou viciada em Passione” declarou Rita Lee, que em seguida interpretou a música “Ti Ti Ti”, tema da abertura da novela das sete da Rede Globo.
Rita Lee cantou vários de seus sucessos “Lança Perfume”, “Amor e Sexo”, “Doce Vampiro” entre outros. Ao interpretar “Ovelha Negra”, imagens de arquivos pessoais e da trajetória da cantora surgem no telão, deixando o ambiente mais intimista e confirmando o porquê Lee é considerada e continua sendo a diva do Rock Brasileiro. O show encerrou com as caras e bocas e o estilo moleque que só a cantora possui com a canção “Erva Venenosa”.
Por Thiago Carvalho. Publicado no site Click Rec em 28/08/2010.
Rita Lee é o destaque da semana na região de Ribeirão Preto!
Muito rock, um show cheio de recursos gráficos e canções que marcaram a carreira da cantora Rita Lee é o que o público vai apreciar na turnê “Etc…”, principal destaque cultural desta semana na região de Ribeirão Preto.
A irreverência e a energia de Rita Lee estarão no palco do Theatro Pedro 2º, em Ribeirão, no próximo sábado, em apresentação única.
Com um repertório flexível -as canções podem mudar a cada show-, serão exibidos vídeos em sincronia com o som de Rita Lee.
O cenário de luz e música e todos os efeitos especiais são assinados pelo videoartista Daniel Todeschi.
A apresentação terá início às 21h. A classificação é 12 anos. Os ingressos custam de R$ 35 a R$ 160. Informações: 0/xx/16/3977-8111.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Rita Lee revela sua face noveleira e fala sobre 'Passione'
No Twitter, para seus quase cem mil seguidores, Rita Lee tem se revelado noveleira e fã de “Passione”. Mas a vovó do rock não deixa barato: pega no pé do sotaque italiano, faz piada com o segredo de Gerson (Marcello Antony) — “Ele é apaixonado por Mauro (Rodrigo Lombardi)" — e deixa clara sua antipatia por Diana (Carolina Dieckmann).
Você sempre foi noveleira ou “Passione” despertou esse lado?
Sou noveleira desde “O direito de nascer” (1964), na TV Tupi. Assisto quando posso, mas se deixar de ver por uma semana pego a história no ar.
Qual é o seu personagem preferido na novela?
Bete Gouveia (Fernanda Montenegro). Elegante, inteligente, não altera a voz mesmo quando a barra pesa. Além do que Fernanda é um escândalo de atriz.
Para quem você torce na novela, Mauro ou Gerson?
Para nenhum. Acho Diana falsinha e oportunista. Desprezou Mauro e casou com Gerson por dinheiro, agora quer Mauro porque Gerson não dá no couro.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Rita Lee: Intimidade é com ela mesma.
Entre caras, bocas, trejeitos e pequenas "coreografias", Rita Lee esboçou passos de frevo. Pela tesoura mal marcada, bem se viu que era uma paulista que dançava em cima do palco, mas foi nesse clima que ela agradou (e muito) o público do Teatro Guararapes com o show Etc..., na última sexta-feira. Foi preciso um show em teatro para perceber o quão dançante é a música de Rita Lee. Ao fundo, era possível ver que todos na plateia balançavam no ritmo da música, como se quisessem estar de pé.
Dantas/Divulgação |
No show em que prestou uma homenagem a Michael Jackson, Rita entrou em palco com chapéu, calças compridas e blazer, imitando alguns passos do pop star, cujos dons artísticos, Rita sempre afirmou que admirava. A performance estava meio desengonçada, mas ninguém se preocupava com isso. Nem ela mesma. Todo o aparato tecnológico, com exibição de vídeos e imagens, iluminação marcante e efeitos especiais, lembrava as superproduções do ídolo, com direito à participaçãodo cover de Michael, Nikki Goulart, recrutado na plateia de um show em Florianópolis para a turnê deste Etc.# E anunciado como "ressurgido das cinzas".
Completamente livre no palco, a rainha do rock, aos 65 anos, passeou de um lado para o outro, parecia mais moleca que nunca. E estava afiada como sempre. Logo no "boa noite", mandou um recado para a administração do teatro: "É lindo o teatro. Faz 15 anos que a gente não toca aqui, mas tá caindo aos pedaços", disparou, citando as goteiras e fungos no camarim. Temas obrigatórios em seu twitter (que ocupa horas de seu dia), eleições e novelas não poderiam faltar. "Vocês estão assanhadinhos com as eleições?", perguntou. Entre aplausos calorosos dos fãs, que a admiram tanto pelas músicas quanto pela irreverência, defendeu que hoje vivemos a "ditadura da putaria". "Ah, 'cê' vota nulo? Eu também", respondeu a um dos muitos que gritavam frases soltas na plateia. Com fina ironia, teorizou que novela faz parte do público brasileiro e debandou a comentar os últimos acontecimentos da novela Passione, enquanto lamentava que dia de domingo não tem novela. "Amanhã é sábado? Então tem novela. Yes! Yes", brincou. Mais uma vez, delírio do público.
Em todas as músicas, a plateia acompanhou em coro os grandes sucessos de sua carreira. Agora só falta você, Amor e sexo, Banho de espuma, Lança perfume, Doce vampiro, Ando meio desligado, Erva venenosa, Mania de você, Ovelha negra (seguida de uma pequena autobiografia, da infância aos áureos 20 e poucos anos). O setlist parecia completo. Rita Lee apresentou a mesma voz, a mesma intimidade com o público, a mesma afinidade com os músicos de qualidade que o acompanham (aliás, não falou a clássica declaração a Roberto de Carvalho, à família e, desta vez, à neta). Sem dúvidas, a ovelha negra ainda vai cantar muito por aí.