quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Show em Vitória Adiado para o dia 21 de Novembro.
Tenho certeza de que eles voltarão 100% "refeitos"!
Saúde!!
Novos shows na grade:
01/10/09 - Siso-s Hall - Criciúma / SC
03/10/09 - Floripa Music Hall - Florianópolis / SC
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Roberto: Sorte!
domingo, 23 de agosto de 2009
Rita Lee é Homenageada - Jornal O Dia
apesar da presença simbólica de Gilberto Gil nos vocais e na guitarra.
Mas, além de merecida, a bela homenagem prestada a Rita Lee na 16ª
edição do Prêmio Multishow - realizada na noite de terça-feira, 16 de
agosto de 2009, no Citibank Hall do Rio de Janeiro (RJ) - reforçou o
tom jovial e pop da premiação, que mudou de casa por conta das obras no
já centenário Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Com a habitual
presença de espírito, Rita Lee - vista acima em foto de Marcelo Bruno, da Agência MT
- recebeu o prêmio da neta, Isabella, e brincou ao fazer o discurso de
agradecimento: "Cá entre nós, Isa, vovó preferia receber o prêmio em
dinheiro. Que é para inteirar as despesas da cirurgia que vai consertar
minha asinha quebrada. Mas minha conta nas Ilhas Cayman é a
mesma da Igreja Universal. Aleluia!!! Joguemos os dízimos!!!", ironizou
a eterna Ovelha Negra. Antes, um vídeo narrado pelo filho de
Rita, Beto Lee, traçou de forma esperta um perfil da roqueira. Pena que
o número musical - feito por supergrupo que tinha à frente Pitty e
Gilberto Gil (em foto de Murillo Tinoco, da Agência MT)
- não esteve à altura da obra pioneira de Rita. Apesar de seis ótimos
músicos (Gilberto Gil, Dadi, Donatinho, João Barone, Bem Gil, Beto Lee
e Liminha) terem sido arregimentados para formar essa tal superbanda,
Pitty não segurou a peteca ao cantar Ovelha Negra, Mania de Você e Lança Perfume.
Sucessos de uma artista que é referência para todas as mulheres que
fazem música pop no Brasil, como, aliás, enfatizou Marisa Monte ao
apresentar o justo tributo.
sábado, 22 de agosto de 2009
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Rita Lee é a grande homenageada do Prêmio Multishow
Cantora recebeu o prêmio das mãos da neta Izabella
Rita Lee recebeu uma homenagem na 16ª edição do Prêmio Multishow, que aconteceu na noite de terça-feira (18), no Citibank Hall, no Rio de Janeiro. A cantora recebeu o prêmio das mãos da neta, Izabella, e ficou muito emocionada.
Rita usava uma tipóia por conta de um tombo. "Foi um acidente. Tropeçou e, para proteger as costas recém operadas, ela apoiou o braço e deu no que deu. Foi em casa mesmo. Vai haver cirurgia com certeza. Mas a minha mãe é guerreira, ela dá conta do recado”, contou o filho mais velho, Beto Lee, que participou da homenagem.
Beto contou a história da vida da mãe, desde o nascimento, ao mesmo tempo em que fotos eram exibidas em um telão. No palco, Pitty e Gilberto Gil cantaram sucessos de Rita como: “Ovelha Negra”, “Mania de Você” e “Lança Perfume”.
Rita brincou sobre a homenagem. “Para falar a verdade, a vovó preferia esse prêmio em dinheiro para inteirar a cirurgia da minha asinha quebrada. O número da minha conta das Ilhas Caimã é igual ao da Universal”, ironizou, conquistando risos da plateia.
E ainda completou: “Agradeço pela minha carreira, ao meu compadre Gilberto Gil e ao meu filhinho lindo e loiro que contou minhas histórias. Filho, você é quem fez essa menina linda? Teu espermatozóide é sensacional.”
Confira a lista dos vencedores:
Melhor DVD: Marisa Monte
Melhor Instrumentista: Débora Telcher
Melhor Show: Capital Inicial
Melhor CD: Agora, NXZero
Revelação: Banda Cine
Melhor Clipe: Ainda Gosto Dela - Skank
TV Zé: Cadê a Dalila/Ivete Sangalo - Gigi
Melhor Música: "Amado" - Vanessa da Mata
Prêmio Iniciativa: Skank
Melhor Cantor: Seu Jorge
Melhor Cantora: Marisa Monte
Melhor Grupo: Fresno
Rita Lee é a homenageada do ano no Prêmio Multishow
Na edição 2009 do Prêmio Multishow, o destaque vai todo para Rita Lee, a grande homenageada da noite desta terça, dia 18. A cantora e compositora paulistana foi aplaudida pelo público, reverenciada no palco por seu filho Beto Lee, além de Gilberto Gil, Pitty, Liminha, João Barone, Dadi, Débora Reis e Rita Kfouri, que juntos interpretaram Ovelha Negra, Mania de você e Lança Perfume.
Rita Lee recebeu o troféu das mãos da neta, Izabella, filha de Beto Lee, um dos apresentadores do Prêmio Multishow. Emocionada, Rita brincou com a neta, dizendo que o troféu era de chocolate, e que ia comê-lo. Do público, arrancou gargalhadas ao dizer que “preferia receber o prêmio em dinheiro”, e que sua conta nas Ilhas Cayman é igual à da Igreja Universal.
Entre os vencedores do Prêmio Multishow 2009, estão: Vanessa da Mata (com melhor música, “Amado”), Fresno (melhor grupo), Marisa Monte (melhor cantora e melhor DVD), NX Zero (melhor CD), Seu Jorge (melhor cantor) e Skank (melhor clipe e prêmio “iniciativa”, por promover a interatividade entre os fãs através das mídias e redes sociais).
A entrega do Prêmio Multishow aconteceu no Rio de Janeiro, no Citibank Hall.
Por Fábio Vizzoni • 19 de agosto de 2009
Prêmio Multishow promove mix de gerações e homenageia Rita Lee
Público elege Marisa Monte, Seu Jorge e Fresno em cerimônia sem grandes favoritos
As categorias principais da 16ª edição do Prêmio Multishow de Música foram vencidas por Marisa Monte (cantora), Seu Jorge (cantor) e Fresno (grupo). Mas o destaque da cerimônia não apareceu ali para lutar por um troféu - Rita Lee já estava garantida como grande estrela da festa, realizada na terça, 18, no Citibank Hall, Rio de Janeiro.
"Cá entre nós, Isa, vovó preferia este prêmio em dinheiro", declarou a ex-vocalista dos Mutantes, ao receber a estatueta de sua neta, Isabella. "Que é para inteirar as despesas da cirurgia que vai consertar minha asinha quebrada."
No embalo, Rita achou melhor emendar: "De qualquer maneira, minha conta nas Ilhas Cayman é a mesma da Igreja Universal. Aleluia! Joguemos os dízimos!". O canal Multishow faz parte das Organizações Globo - conglomerado que, nos últimos dias, protagoniza bate-boca público com a Record, rede do bispo Edir Macedo (recentemente, a cúpula da Universal foi acusada pelo Ministério Público de desviar dinheiro recebido dos fiéis; por meio de seus principais telejornais, as emissoras trocam farpas).
Da plateia, com um óculos de dar inveja a Lady Gaga, a homenageada assistiu a um número-tributo, com Beto Lee (seu filho), Gilberto Gil, Pitty, Bem Gil, Dadi, Liminha e João Barone. A superbanda tocou pout-pourri com "Ovelha Negra", "Mania de Você" e "Lança Perfume".
Em termos de quantidade, Marisa Monte e Skank levaram a melhor - cada um saiu com dois prêmios. Ela, além de cantora, faturou melhor DVD com Universo ao Meu Redor. A banda mineira conquistou melhor clipe ("Ainda Gosto Dela") e Iniciativa, categoria criada este ano para coroar propostas inovadoras para distribuir música pela internet. O reconhecimento se deve ao trabalho do grupo com celulares (distribuição de shows) e aulas virtuais de música.
Apesar da consagração dos veteranos, a premiação fez jus ao tema da edição, "Misture-se", e não deixou a nova geração de fora. Além da escolha do Fresno como grupo do ano, NX Zero recebeu o prêmio de melhor CD, por Agora, superando Marcelo D2, Jota Quest, Skank e Claudia Leitte. Já a Banda Cine, que abriu shows dos Jonas Brothers e McFly no Brasil, saiu com o posto de revelação do ano.
D2 e Jota Quest, ambos com cinco indicações, não levaram estatuetas para casa.
No ano passado, a preferência dos internautas recaiu sobre Ivete Sangalo (cantora), NX Zero (grupo) e seu vocalista, Di Ferrero (cantor).
Um "Marcelo especial" para Mallu
Apresentada por Fernanda Torres, a cerimônia teve início com "Pode Acreditar", de Marcelo D2, que teve companhia no palco de Seu Jorge e das cantoras Roberta Sá, Nina Becker e Maria Gadú.
Em ataque triplo, Fresno, NX Zero e Strike mandaram cover de "Inútil", do Ultraje a Rigor.
A festa contou, ainda, com shows de Ivete Sangalo (grávida de sete meses, e sem medo de mostrar o barrigão) com Zeca Pagodinho e Little Joy (que fez shows por aqui na semana passada). Binki Shapiro - a ponta mais tímida e menos conhecida do trio, completado pelo ex-Los Hermanos Rodrigo Amarante e Fabrizio Moretti, baterista do Strokes - mostrou desembaraço: escoltada pela mestre-de-cerimônias, subiu no palco, sem os rapazes, para entregar troféu de melhor clipe. Em um inglês macarrônico, anunciou NX Zero.
Para anunciar a melhor cantora, Mallu Magalhães teria companhia "de um Marcelo especial" - brincadeiras à parte, não estávamos falando de Marcelo Camelo, seu namorado, e sim Marcelo D2. Monte recebeu o prêmio com o discurso mais simbólico: "A gente faz música; esta não é uma atividade competitiva. Fico feliz de estar entre os melhores".
Os vencedores do Prêmio Multishow são escolhidos por voto popular, com exceção da nova categoria, Iniciativa, vencida pelo Skank. Confira os vencedores abaixo:
Banda - Fresno
Cantor - Seu Jorge
Cantora - Marisa Monte
CD - Agora (NX Zero)
Música - "Amado" (Vanessa da Mata)
Clipe - "Ainda gosta dela" (Skank)
DVD - Infinito ao Meu Redor, Marisa Monte
Instrumentista - Débora Teicher (Scracho)
Show - Multishow ao Vivo do Capital Inicial
Revelação - Banda Cine
TV Zé - "Dalila" (Ivete Sangalo)
Iniciativa - Skank
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Medley com sucessos de Rita Lee.
Rita Lee sofre acidente em casa e planeja cirurgia no local machucado
Filho da cantora, Beto Lee, explica que sua mãe usou o braço para se proteger em uma queda
Grande homenageada do 'Prêmio Multishow', Rita Lee subiu ao palco com o braço imobilizado
A cantora Rita Lee foi a grande homenageada na noite desta terça-feira, 18, durante a entrega do “Prêmio Multishow”, que aconteceu em uma casa de espetáculos na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Ainda em cima do palco, Rita comentou em tom de humor, que gostaria de receber dinheiro no lugar do prêmio. A cantora subiu ao palco com o braço imobilizado.
“Grande parte dos acidentes acontecem dentro de casa. Minha mãe, para proteger as costas, acabou caindo por cima dos braços. Ela não vai precisar colocar pinos, mas ainda vai passar por uma cirurgia. Minha mãe é uma guerreira e tudo vai acabar bem”, explicou Beto Lee ao EGO.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Biografitti: Rita Lee em DVD - Reportagem
Paquito
No ano de 1975, tinha eu 10 anos de idade, e a minha irmã gêmea adorava uma canção chamada Esse tal de roque enrow, cantada por uma tal de Rita Lee. Eu gostava de Raul Seixas e de Há dez mil anos atrás, e achava que a tal da Rita Lee fazia música de mulher, e fazia mesmo: ela era praticamente a única compositora popular do Brasil. Antes dela, houve Chiquinha Gonzaga, Dolores Duran e Maysa, sendo que Dolores só seria valorizada como compositora após a morte, aos 29 anos, e Maysa, depois de um tempo, passaria a gravar só músicas dos outros. E Rita, além de mulher, fazia roque enrow, como Raul, e eles eram os maiores ídolos populares desse gênero de música no Brasil, já que o Rei Roberto havia se tornado um cantor eminentemente romântico, tendo passado a bola pra Erasmo, que era ótimo, mas não tão popular assim. (E, claro, havia também Secos & molhados, que só durou dois anos, e Os novos baianos, inclassificáveis e únicos entre o rock e o samba.)
E Rita e Raul tinham um parceiro em comum, o hoje renomado escritor Paulo Coelho, que era um excelente compositor pop. Raul morreu em 1989, e, como a morte diviniza, cristalizou-se a sua condição de mito. Rita vive, e viver é maravilhoso, perigoso e dá trabalho. Os dias do resto da sua vida, contados por ela mesma, estão em Biograffiti, caixa com três DVDs dirigidos por Roberto de Oliveira, aquele mesmo dos especiais de Chico Buarque e da caixa Maestro soberano, sobre Tom Jobim. O lançamento é da Biscoito Fino em parceria com a Bandmusic e a RWR.
O DVD Ovelha negra trata do percurso artístico, infância, e da adolescência já nos Mutantes, fundamentais pro Tropicalismo e pra música pop do Brasil e, hoje, do mundo, já que o grupo, trinta anos depois, virou referência e retornou aos palcos e às gravações sem Rita e, o que é impressionante, executando o repertório também de trinta anos atrás, quando tinha Rita como integrante. Bem, como ela mesma conta, foi expulsa do grupo, no início dos 70, por não ser uma excelente instrumentista, algo necessário na posterior fase "progressiva" da banda, cujo repertório não está incluído, não custa repetir, no atual revival dos Mutantes.
Ironias do destino à parte, Rita deu a volta por cima, e, nos anos 70, criou o Tutti frutti, bem mais popular que os Mutantes, mas também mais convencional. Esse tal de roque enrow, que já citei, Ovelha negra e Agora só falta você são dessa fase. Mas o sucesso maior viria mesmo na década de 80, quando Rita encontra seu parceiro amoroso e musical Roberto de Carvalho, e faz o que chama de "rockcarnaval", canções, no dizer de Tom Zé, sexo-pedagógicas, com clima de marchinha carnavalesca, o que irrita os roqueiros mais saudosos da fase do Tutti frutti.
Com Roberto, a partir de Mania de você, Rita torna-se mais brasileira, e a mais popular popstar do Brasil dos anos 80. O auge dessa fase se dá com o lançamento de Rita Lee e Roberto de Carvalho, de 1982, disco que conta na faixa Brasil com s, com a participação de João Gilberto, com quem Rita cantou, no Especial da Globo dedicado a João, Joujoux e Balangandãs, de Lamartine Babo, um precursor de Rita no uso do senso de humor na canção popular brasileira, e um ás das marchinhas. O duo com João é a pérola do DVD Baila comigo, que trata da vida de Rita na estrada.
Aliás, João Gilberto só se daria ao luxo de participar de um disco de outro artista quando gravou com Maria Bethânia e com Miúcha. João, enfim, viu o óbvio que só os profetas enxergam: o canto de Rita é herdeiro do seu canto, como se pode ver explicitamente nas gravações com João, e em Baby, com os Mutantes, e implicitamente em toda a carreira de Rita Lee. A fase com Roberto, no entanto, iria dar sinais de cansaço a partir do LP seguinte, Bom bom, de 1983, gravado em tempo recorde: o que era novo em Baila comigo e Lança perfume, se tornaria clichê em On the rocks e Desculpe o auê.
O DVD Cor de rosa choque fala de Rita e do universo feminino retratado em suas canções, e o momento especial dessa caixa é o depoimento sobre Cássia Eller, com quem Rita canta Luz del fuego. Os três discos contêm depoimentos corajosos e emocionados de Rita Lee, que parece fazer graça pra não se emocionar demais. Não precisa, a gente se emociona por ela.
Os discos também têm shows gravados a partir do ano 2000, e esta é a falha deste lançamento: como a maior parte da carreira solo de Rita foi lançada pela Som Livre, gravadora da Rede Globo, onde ela era presença constante em especiais e trilhas de novelas, e não na Bandeirantes, à qual pertence a Bandmusic, faltam imagens de arquivo da fase áurea da carreira de Rita Lee. Os depoimentos de Tom Zé, uma performance à parte, Caetano, sempre articulado, da irmã Virgínia, de Roberto de Carvalho e de Beto Lee, filho de Rita, contrabalançam essa ausência, mas não a resolvem. Fica um gostinho, já que se trata de uma biografia, de "quero mais".
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Atualize-se! Agenda.
Parque de Eventos de Nilópolis
Data: 22/08/2009 (Sábado)
Horário:22h30
Entrada franca
Vitória/ES - 29 de agosto de 2009.
Ginásio Álvares Cabral
Data: 29/08/2009 (sábado)
Av. Marechal Mascarenhas de Moraes, nº 2.100
Bento Ferreira - Vitória - ES
Tel: (27) 3134.0101
domingo, 9 de agosto de 2009
sábado, 8 de agosto de 2009
Atualize-se! Agenda!
22/08/09 - Nilópolis - RJ / Show Gratuito!!!!!!!!
29/08/09 - Ginásio A. Cabral - Vitória / ES
09/10/09 - Credicard Hall - São Paulo / SP
10/10/09 - Credicard Hall - São Paulo / SP
28/11/09 - Clube Monte Libano - São J. do Rio Preto / SP
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
ENTREVISTA - Rita Lee Jones
Alô Bebê Club - Que lembranças você tem das suas gestações - estranhas manias, desejos, casos curiosos...
Meus 3 pimpolhos foram cavalheiros desde que nasceram, partos tranqüilos e dores agradáveis... Não me lembro de acordar no meio da noite com desejos de feijão com abacate, mas fui grande devoradora de melancias e alfaces nas horas mais inesperadas.
Alô Bebê Club - Dos três filhos, qual lhe deu mais trabalho?
Trabalho nenhum... Quando bebês, por terem nascido de 8 meses, Beto e João tiveram que encarar uma "fototerapia" na incubadora. O baby fica peladinho, de olhos vendados debaixo de uma luz forte, para que o fígado mature; fora isso, só alegrias! O caçula chama-se Antonio.
Alô Bebê Club - Sendo você quem é, só posso imaginá-los (você e o Roberto, claro!) educando os filhos de uma maneira liberal... Até que ponto isso é verdade?
Muita gente me dizia na época: garanto que ao invés de dar de mamar você prefere pegar numa guitarra, não é? Absurdo! Dei de mamar para os três e garanto que era muito mais prazeroso do que fazer roquenrou! Fui uma mãe leiteira, até tirei umas polaróides para a posteridade, com meus peitos de Fafá de Belém (risos)... Quanto à educação deles, nem tão liberal assim... Roberto e eu evitamos ser "moderninhos" demais porque os filhos acabam sem saber as fronteiras da boa educação, tornam-se pentelhos; querer nem sempre é poder... Os pais aconselham e orientam: “se você botar seu dedinho na tomada pode levar um choque!” Se o moleque quiser botar o dedinho que bote, leva um choque e aprende sozinho... Com o tempo, ele começa a levar em conta as advertências dos pais. Isso vale para quando são pequenos, depois de grandes os pais só devem orientar quando são solicitados; quanto mais os filhos exercerem seu livre arbítrio e se responsabilizarem pelas conseqüências boas ou más de suas decisões, melhor!
Alô Bebê Club - Por ser mãe e roqueira, que tipo de preconceitos você teve que enfrentar das mães "normais"?
Algumas vezes, nas reuniões de Pais e Mestres, enfrentei apenas olhares maternos desaprovadores, tipo: “mãe roqueira não deve ser lá muito responsável!” No fim das contas, acredito que todas gostariam de estar mais no meu lugar do que eu no delas!
Alô Bebê Club - Como você e o Roberto lidaram e lidam com as questões delicadas (como drogas e AIDS) na educação dos meninos?
Em matéria de drogas sou uma enciclopédia ambulante! Entrei em todas e tive a sorte de conseguir sair ilesa. Como não carrego comigo nenhum discursinho moralista do tipo "Madalena arrependida", sou muito procurada pelos amigos de meus filhos e centenas de garotadas desse Brasil em busca de informações honestas. Geralmente essa meninada não tem a menor abertura com os pais para abordar tal assunto com a devida calma. Jovens são curiosos pra caramba e isso não é defeito, pelo contrário, é uma grande oportunidade para diálogos. Meus 3 filhos são caretas por opção, testemunharam minhas experiências pessoais com distanciamento e nunca tiveram necessidade nem vontade de "viverem" minha geração. No meu tempo fumar um baseado ou tomar uma pedra de LSD durante a ditadura era sinônimo de liberdade. Hoje é prisão.
São bonecos de ventríloquos nas mãos da máfia dos traficantes da turma de Darth Vader! E qual a moral do pai ou da mãe, segurando seus copinhos de uísque, para dar esporro no filho quando encontram um cigarro de cannabis no quarto dele? A meninada de hoje está cercada de propagandas glamourosas da caninha 89, da vodka Karloff, da cerveja # 7, do conhaque yz5... Até meu cachorrinho sabe que álcool é muuuuito mais barra pesada do que cannabis e, no entanto, não há sequer uma advertência do Ministério da Saúde quanto aos perigos de consumir essa droga permitida e milionária... Ora, ora, dona Aurora, como é que a garotadinha vai poder discernir no meio de tanta hipocrisia? Eles não engolem essas propagandas anti drogas que estão por aí, que são verdadeiros "convites ao crime", tamanha é a falta de coerência... “Drogas, nem morto!" ‘Tá bom, e o que fazemos com os biriteiros campeões de mortes no trânsito?
Aconselho aos pais que enfrentem a curiosidade dos filhos com a maior boa vontade e, se for o caso, até experimentar com eles um baseado, quebrando o tabu do "você está proibido e ponto final", que aliás é a mais ineficaz das atitudes... Aproveite para se informar melhor sobre quais as drogas a que seu filho tem acesso, não seja pai/mãe inimigo, senão o moleque vai fazer tudo fora de casa... Vai à luta meu, pensa que é fácil a parada para um jovem de hoje que não tem nenhuma perspectiva de melhores futuros nesse beco sem saída em que está nosso país? Os bichinhos querem experimentar de tudo no salão em matéria de opção de vida.
E o que você está disposto a fazer para que seu filho se conscientize de que ele corre perigo usando drogas? Eu tive a "sorte" de bancar a cobaia de laboratório (coisas da minha geração), mas com isso meus filhos tiveram a oportunidade de natural-mente rejeitar a coisa, eles acham que droga hoje trocou de papel com o que eu costumava chamar de caretice! Bom, parece que minha experiência pessoal de uma certa maneira serviu para isso, então volta e meia recebo e-mails e mais e-mails da garotada buscando minhas informações, "Puxa tia, seu filho não bebe nem uma cervejinha, não dá um peguinha, e a senhora já foi doidona, como é esse lance?" Pai e mãe que nunca experimentaram drogas na vida, de duas uma: ou tem que ter abertura para dialogar sem pânico ou vai dar um "peguinha" para ver o que acontece e ganhar a moral para poder discutir o assunto e ser levado em consideração.
Alô Bebê Club - Por combater a hipocrisia e o preconceito em suas canções, que tipo de discriminações você teve que enfrentar por parte de rádios e gravadoras?
São tantas emoções! (risos); me lembro que o bacana mesmo era driblar a censura, e isso não era lá tão difícil assim, dada a falta de QI de certos censores. Às vezes faltava saco para ir até dona Solange pessoalmente e explicar que "arco-íris” não era “metralhadora"... A gente acabava até deixando barato para evitar maiores aborrecimentos futuros. Tem gente que acredita que "nada como uma repressãozinha para incitar a criatividade"... Eu prefiro rimar ditadura com censura mesmo!
Alô Bebê Club - Como você conciliava sua vida profissional agitada com a criação dos meninos?
Quando os meninos eram bem pequenos, quem cuidava deles enquanto Roberto e eu estávamos em turnês pelo planeta era a Balu, minha querida madrinha (que também ajudou mamãe a criar as 3 filhas dela). Na idade escolar eles freqüentaram uma escola semi-interna que nos deixava totalmente despreocupados quanto à educação acadêmica e emocional deles; os professores eram carinhosos porém exigentes. Beto, João e Antonio ficaram mais independentes, aprenderam a se virar sozinhos, bagunçou-arrumou, sujou- lavou... Sempre souberam que a profissão dos pais era diferente da dos pais dos seus colegas e respeitavam isso, acredito eu que até com um certo orgulho.
Alô Bebê Club - Você se recorda de algum caso engraçado envolvendo vocês?
Certa vez, eles eram bem pequenos, fomos dar um rolê pela Disney. Uma turma grande de turistas brasileiros me reconheceu e nos cercou. Sempre tive a maior paciência com fãs, não me custa dar autógrafos e tirar fotos, afinal também gosto de receber carinho e coisa e tal... Num dado momento, meus 3 meninos romperam a "fronteira dos turistas patrícios" trazendo Mickey pela mão...: "Olha aqui, fiquem com o Mickey que nós que-remos nossa mãe só para nós, porque ela não faz parte da Disney, viu?" (risos). Bonitinhos né?
Alô Bebê Club - Ser mãe hoje é mais fácil?
Diz o ditado que "ser mãe é padecer no paraíso"; também é "se deliciar no inferno! (risos).
Alô Bebê Club - Qual sua posição no caso Serra x Xuxa?
Nem um nem outro, muito pelo contrário; um bocejo só!
Alô Bebê Club - Os meninos têm algum envolvimento com a carreira musical? Caso positivo, como vocês lidam com isso?
Os 3 são musicais pra caramba, como não poderia deixar de ser, afinal cresceram ouvindo música. Beto (22 anos) toca guitarra desde pequeno, tenho uma foto dele com 3 anos fantasiado de Kiss segurando uma guitarrinha de plástico! Não é por ser meu filho, nem eu tão mãe coruja assim, mas Beto é um profissional impecável, nas duas últimas turnês nossas ele pilota as guitarras junto com o pai; além disso, tem seu próprio trabalho solo, onde toca e canta suas composições. No momento está gravando com Apolo, um produtor antenado pra caramba; depois vai correr atrás de uma gravadora, diz ele que não quer nenhum "paitrocínio nem mãetrocínio", o que muito nos orgulha.
João (20 anos) estuda Administração na IBEMEC e é DJ nas horas vagas, ferinha em música eletrônica de pista. Num disco de remixes do meu repertório que deve sair ainda neste primeiro semestre, João e Buga remixaram Atlântida e Brazix Muamba, ficou ducacete; deixa enxugar a baba! (risos). Antonio (18 anos) termina este ano o high school e dá indícios de também querer seguir no campo musical, toca muito bem baixo e guitarra, montou com amigos uma banda de garagem para se divertirem em festinhas e bares off-broadway, nas férias dá plantão na MTV onde é pau pra toda obra; deixa enxugar a baba! (risos).
Alô Bebê Club - O que a maternidade lhe trouxe? Como você era antes e como ficou?
Querido, todas as mulheres têm seus "antes e depois" da maternidade. Algumas até jogam no lixo depois que nascem! Nunca me imaginei com filhos, confesso que até era impaciente com crianças, minha paixão maior sempre foi pelos bichos. Quando Beto aterrisou na minha barriga fiquei no céu, e assim foi com os outros dois também, sempre bem-vindos. Ficar grávida me deixava inspiradíssima, minhas composições mais famosas aconteceram nesse estado: Mania de Você, Doce Vampiro, Baila Comigo, Lança Perfume, Saúde e outras... Hoje não consigo me imaginar na vida sem meus 3 filhotinhos. Cruzes! Fico falando como se ainda fossem potrinhos, quando já são cavalões!
Alô Bebê Club - Lembro-me de você ter falado que a Elis Regina a ajudou durante os anos de chumbo. Ela também a ajudou com as crianças?
Elis Forever! Saudade da pimenta (Pimentinha era o apelido de Elis). A filha mais nova dela se chama Maria Rita, que é como Elis me chamava... "E aí, dona Maria Rita, tem uma musiquinha nova pra mim?” Puta falta! Mãezona da MPB, briguenta e amorosa. A única artista que teve coragem de me visitar quando fui presa em 76. Nunca vi Elis cheirando pó, achei a morte dela muito suspeita... Até hoje não engulo o laudo médico daquele japa comprometido com a ditadura. Elis era muito carinhosa com meus meninos e eu com os dela. Éramos vizinhas na Cantareira, tipo "me empresta uma xícara de farinha". Eu estava justa- mente esperando uma visita dela para a gente fazer nossa primeira parceria musical quando liguei a TV e soube de sua passagem; pirei!
Alô Bebê Club - Quais são os seus ídolos e por quê?
Ídolos? Não os tenho. Por quê? Porque todos são de areia...
Alô Bebê Club - O que a inspira na hora de escrever canções?
A "santa" baixa e eu apenas sirvo de instrumento . Inspiração vem do alto, da alma. Somos graciosamente manipulados por ela. Às vezes ela baixa no chuveiro, no ônibus, comendo salada, sonhando... É preciso estar atenta, porque a santa não avisa a hora; me precavenho, ando sempre com um bloquinho e um mini gravador. Se bobear, quando a inspiração acontece e não anotar no ato a gente dança... Bom mesmo seria morar dentro de um estúdio (risos).
Alô Bebê Club - O que está fazendo atualmente? Quais são seus planos na carreira?
Atualmente supervisiono os lançamentos de trabalhos inéditos de Mutantes, Tutti Frutti e remixes, esqueletos musicais que foram resgatados de armários de gravadoras. Além disso, estou enfurnada em estúdio, gravando paralelamente o trabalho novo que deve sair em junho/julho, se não atrasar, como sempre... Continuo lutando como posso na defesa dos direitos dos animais. Sou uma simples cigarra cantando no meio desses formigueiros gananciosos que promovem rodeios e vaquejadas enchendo seus rabos de dólares às custas do sofrimento dos animais. Cigarras sabem encher o saco das formigas, né mesmo?
Alô Bebê Club - Afinal, o que restou da década de 60? O que ficou de bom?
Bicho, pra falar disso preciso de mais uns meses... Haja revisão de texto...
Alô Bebê Club - Na era da informação, o ser humano vai melhorar ou vai ser tudo igual?
Eu sou Polyana, meu bem... Tudo vai melhorar!
Alô Bebê Club - Rita Lee por Rita Lee:
Alguém dentro de mim é mais eu do que eu mesma!
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Rita Lee pela Casa dos Políticos
Uma das últimas da Rita Lee está rolando pela internet. A eterna embaixadora do rock brasileiro teria sugerido no programa do Amaury Jr. que o próximo BBB tivesse algumas alterações...
Reclamando da inutilidade de programas como o Big Brother, ela deu a seguinte sugestão:
"Colocar todos os pré-candidatos à presidência da República trancados em uma casa, debatendo e discutindo seus respectivos programas de governo. Sem marqueteiros, sem máscaras e sem discursos ensaiados. Toda semana o público vota e elimina um. No final do programa o vencedor ganharia o cargo público máximo do país. Além de acabar com o enfadonho e repetitivo horário político, a população conheceria o verdadeiro caráter dos candidatos."
O que você acha da ideia? É no mínimo criativa, não? Será que o vencedor precisaria ainda do prêmio de 1 milhão?