Nos dias 5 e 6 de março, a intrépida Rita Lee subiu ao palco do Credicard Hall, em São Paulo, para uma enxurrada de hits, com direito a homenagem para Michael Jackson. RG foi ter com a diva para saber como ela anda. Vem ler:
RG - Rita, o que há de Michael em você? Se você tivesse sido amiga dele sente que poderia tê-lo ajudado a não sucumbir à loucura?
Rita Lee - Não possuo nenhum dos talentos artísticos de Michael e, pelo que pude ver no filme (o documentário) ele estava absolutamente impecável, o que me faz concluir que a causa da morte foi incompetência médica. Se tomar coquetel de demerol com propofol me fizesse dançar e cantar como Michael, pode crer que eu não ia pensar duas vezes.
RG - Trabalhar em família não é arriscar-se demais? Ou é a receita certa para sobreviver ao mundo lá fora?
RL - Arriscar como se o salário família ficou bem melhor!
RG - Qual o mais novo reencontro entre você e seu repertório?
RL - Tenho uma bagagem musical grande, não gosto de repertórios fixos.
RG - Como é que você faz pra não se cansar de cantar aquele refrão que todo mundo quer ouvir?
RL - Quando o público canta junto, e sempre canta, o prazer que dou e recebo é epifânico.
RG - Qualquer música sua parece ter sido feita ontem. Você compartilha essa percepção? De onde isso vem?
RL - Percebo isso sim. Quando escolho uma música que não canto há tempos - e eis que a letra continua atual.
RG - Cantar é a grande terapia? Ou tem coisa mais eficiente?
RL - Para mim subir no palco é a grande terapia, não sou uma cantora-passarinho que emociona com sua voz, sou uma boba da corte que entretém as pessoas.
RG - Você usa muita roupa vintage nos shows ou é tudo coisa nova?
RL - Tudo faz parte do meu baú desde os tempos dos Mutantes, reciclo algumas peças, outras não.
RG - Rita, dar entrevista é uma experiência boa, de reflexão? Ou é um porre necessário?
RL - Realmente não tenho nada pra dizer, minha vidinha é besta pra caramba... beijos.
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